O Cruzeiro está livre de punição imposta pela Fifa e já pode voltar a inscrever reforços em todas as categorias. A entidade cancelou o chamado transfer ban, determinado a partir do início de setembro por causa de dívida com o Zorya, da Ucrânia, pela contratação do atacante Willian, realizada em 2013.
Para quitar o débito de 1.159.786,31 de euros (quase R$ 7,8 milhões na cotação atual) junto à equipe ucraniana, a Raposa contou com a ajuda do mecenas Pedro Lourenço, dono dos Supermercados BH. A proibição havia entrado em vigor em 2 de setembro e, na época, em comunicado oficial, a diretoria contestou a sanção aplicada, alegando que havia pago o débito, o que não foi reconhecido.
A quitação definitiva foi anunciada um dia após a contratação de Felipão, há duas semanas. Esse era um dos compromissos da diretoria com o treinador. "Ótima notícia, nação azul! A sanção de transfer ban aplicada pela Fifa está cancelada! Desta forma, o Cruzeiro pode voltar a registrar atletas em todas as suas categorias", publicou o clube celeste nas redes sociais.
O clube confirmou também, há 10 dias, o pagamento de dívidas em torno de R$ 10 milhões relativas à aquisição do atacante Ramón Ábila e com a comissão técnica do ex-treinador Paulo Bento.
DESFALQUES
Se as notícias são boas na área administrativa, em campo haverá duas baixas: o lateral-esquerdo Matheus Pereira teve constatado estiramento no ligamento do joelho esquerdo, e Arthur Caíke sofreu estiramento muscular na coxa direita. Ambos já iniciaram o tratamento na Toca da Raposa II.
Os dois jogadores se queixaram de dor no empate com o Náutico (1 a 1), no domingo, em Recife. Arthur Caíke saiu ainda no primeiro tempo da partida nos Aflitos. Já Matheus Pereira levou uma entrada violenta do atacante Jorge Henrique, que foi às redes sociais se desculpar com o jogador.
O Cruzeiro não divulgou o tempo de recuperação dos atletas. Certo é que eles não participarão da partida contra o Paraná, na sexta-feira, às 21h30, no Mineirão, pela 19ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
Para a lateral esquerda, Felipão tem as opções de Patrick Brey e Giovanni. Na ponta, Airton é o mais cotado para entrar. A Raposa precisa da vitória contra o time paranaense para tentar sair da zona de rebaixamento da Série B. Hoje, o clube celeste está na 18ª posição, com 17 pontos.
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Torcida pressiona
Em ato convocado por movimentos da torcida do Cruzeiro e por organizadas, uma multidão se aglomerou na tarde de ontem na Praça Sete, no Hipercentro de Belo Horizonte. A principal motivação era lutar pelo cancelamento da eleição para conselheiros natos, que havia sido marcada pelo presidente do Conselho Deliberativo, Paulo César Pedrosa, para 5 de novembro. Antes mesmo da manifestação, no entanto, a pressão popular e também interna levaram o mandatário a cancelar o pleito. Os torcedores, que seguiram depois para a sede do clube, no Barro Preto, defendem ainda as expulsões de integrantes do órgão, como o ex-presidente Wagner Pires de Sá, o ex-vice-presidente Hermínio Lemos, o ex-diretor-geral Sérgio Nonato, além de outros conselheiros que foram remunerados pelo clube de forma irregular. (Tiago Mattar)
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Olho em recursos
Em busca de negócios e investidores, o presidente Sérgio Santos Rodrigues visitou ontem a estrutura do Sharjah FC, dos Emirados Árabes Unidos. O encontro foi antecipado com exclusividade pelo colunista Jaeci Carvalho. Neste mês, o clube do Oriente Médio adquiriu o atacante Caio Rosa, de 19 anos, por cerca de R$ 3,3 milhões. A Raposa corre atrás de recursos para abater dívida que estava próxima de R$ 1 bilhão. Uma das soluções analisadas é a transição para clube-empresa. Se isso ocorrer, como revelou Jaeci, há um investidor de Belo Horizonte disposto a aplicar R$ 500 milhões e se tornar sócio.
Manoel volta
Depois de cumprir quarentena para o novo coronavírus, o zagueiro Manoel voltou a treinar com o restante do grupo do Cruzeiro. Assim, será opção para a partida contra o Paraná. O defensor havia testado positivo para a COVID-19 nos exames divulgados dia 18, antes do duelo com o Operário, em Ponta Grossa. Desde então, ficou em isolamento em sua residência e se manteve assintomático nos últimos 10 dias.