A transferência do lateral-direito Daniel Guedes do Cruzeiro para o Goiás está emperrada em questões burocrátias e pode não ocorrer. Emprestado pelo Santos à Raposa até o fim de 2021, o jogador perdeu espaço com o técnico Luiz Felipe Scolari, o que levou o clube mineiro a liberá-lo para o esmeraldino até o desfecho da Série A do Brasileiro, em fevereiro de 2021.
Entretanto, a negociação esbarra no impedimento da Fifa, que proíbe reempréstimo entre clubes, caso o jogador ainda tenha contrato em vigência com um deles. Desta forma, Daniel Guedes teria que rescindir o vínculo com o Cruzeiro e voltar ao Santos para enfim ser emprestado ao Goiás.
Outro entrave para a negociação é o fato de o Santos, com presidente interino e em período de eleições, depender de aval do Conselho Deliberativo para qualquer transferência de jogadores.
Além disso, o prazo para a inscrição de atletas para o Brasileiro terminará nesta sexta-feira, dia 20. Assim, o clube esmeraldino teria pouco tempo para confirmar Guedes visando ao restante da Série A.
Em contato com o Superesportes, o diretor de futebol do Goiás, Harlei Menezes, admitiu que a negociação se tornou quase impossível de ocorrer por causa dos entraves burocráticos.
“A Fifa não permite o reempréstimo, isso não está autorizado mais. A gente não consegue inscrever o Daniel Guedes como reforço. Teria que haver um acordo para o Daniel Guedes sair do Cruzeiro e retornar ao Santos, para que o Santos o emprestasse ao Goiás. Deixamos esse contato entre as diretorias do Santos e do Cruzeiro com os representantes do Daniel Guedes. É preciso haver um acordo”, afirmou.
“O Santos passa por uma situação eleitoral, com escolha do novo presidente. Então, o tempo fica muito apertado para que a gente consiga desenrolar essa situação e o Daniel ficar no Goiás. Há essa situação no Santos, no Conselho, são muitas pessoas decidindo. Então, ficou ainda mais burocrático e demorado”, complementou o dirigente.
Daniel Guedes, de 26 anos, teve que aguardar outra pendência para se transferir ao Cruzeiro. Ele foi punido por doping em 2019, quando estava no Goiás, e acabou absolvido meses depois pelo Pleno do TJD, em novo julgamento.
O lateral-direito, indicado pelo então técnico Enderson Moreira, que acabou demitido, teve o empréstimo efetivado e vestiu a camisa estrelada em sete partidas. Com a chegada de Luiz Felipe Scolari, passou a ficar fora até mesmo do banco de reservas, visto que o paraguaio Raúl Cáceres se recuperou de lesão e voltou a jogar em bom nível, e o jovem Rafael Luiz, de 18 anos, ficou como primeiro suplente.