Enquanto a maioria das grandes cidades brasileiras realiza segundo turno para escolher prefeitos, muitos grandes clubes também passaram ou estão passando por processo eleitoral. Isso muitas vezes acaba atrapalhando o desempenho esportivo, mas também renova esperança dos torcedores daqueles que estão em situação ruim. Contando os 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro e América e Cruzeiro, que está na Série B pela primeira vez na história, 12 escolheram ou escolherão seus mandatários em 2020. Um componente a mais em um ano já tão complicado em função da pandemia de COVID-19.
Botafogo, Corinthians e Cruzeiro fizeram como algumas cidades brasileiras e já decidiram quem será o chefe do executivo. No clube do Rio foi eleito na terça-feira, Durcesio Mello para o lugar de Nelson Mufarrej. No Parque São Jorge, o pleito foi ontem para definir o sucessor de Andrés Sanchez. Numa disputa que entrou pela noite, com a apuração encerrada após as 23h, Duílio Monteiro Alves foi eleito novo presidente do Corinthians. Ele venceu Mário Gobbi e Augusto Melo.
Já na Raposa, Sérgio Santos Rodrigues passou por dois escrutínios e agora ficará no comando até o fim de 2023, buscando sanear as contas. “Não tenham dúvidas que serão mais três anos de intenso trabalho. Sem dúvida, juntos, vamos passar por isso tudo. Obrigado pela confiança e vamos continuar torcendo e acredito que a gente há de ser recompensado por tudo que estamos fazendo”, declarou o então recém-eleito, cujo primeiro mandato começou em 1º de junho, sucedendo o Conselho Gestor, e vai até 31 de dezembro.
Outro mineiro, o Atlético, vai às urnas em 11 de dezembro. Como será candidato único, Sérgio Coelho deve ser aclamado sucessor de Sérgio Sette Câmara e promete dar prosseguimento ao trabalho que vem sendo feito, inclusive honrando compromisso com os investidores que têm tanto ajudado o clube. “Tenho de agradecer aos quatro Rs, Rubens Menin, Ricardo Guimarães, Renato Salvador e Rafael Menin. Além de serem parceiros financeiros fundamentais, esses quatro têm contribuído de forma determinante para a profissionalização e a adoção das melhores práticas de governança do nosso clube. É isso que nos garantirá um futuro ainda mais promissor”, disse o candidato, garantindo a permanência do técnico Jorge Sampaoli.
No dia seguinte, três clubes vão às urnas escolher novos mandatários: Bahia, Coritiba e Santos. Os vascaínos também poderão ter de votar, mas pela terceira vez, em virtude de problemas em duas votações realizadas em 7, presencial, e 14, híbrida, de novembro. Já em 15 de novembro vãos às urnas os eleitores de Goiás e Internacional. No Sport, estão marcadas eleições para três dias mais tarde. Também no mês que vem, mas em data a ser definida, os são-paulinos vão eleger o sucessor de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
Conselho
No Palmeiras, não há eleições para presidente, mas a política ferve. Afinal, em 7 de dezembro serão eleitos novos conselheiros vitalícios, o que tem gerado discussões no clube. Em função da pandemia, o América decidiu prorrogar o mandato do Conselho de Administração. Assim, as eleições que deveriam ser realizadas em 2020, ficaram para 2021.