Com 28 pontos, em 16º lugar a 14 rodadas para o fim da Série B do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro adotou um tom mais próximo do realista ao tratar da possibilidade de retornar à elite nacional. Embora afirme manter confiança, a diretoria já não crava a subida para a Série A. “Prometer fim é complicado. A gente pode prometer o meio. Prometer acesso é muito complicado", disse o presidente Sérgio Santos Rodrigues.
Leia Mais
Cruzeiro e América fazem clássico em fases distintasDiretorias já estão escaladas nos grandes clubes; confira Galo integra mais um livre da COVIDAliado de Wagner Pires, Nagib Simões é eleito presidente do Conselho Deliberativo do CruzeiroExemplos para o Atlético: 71% dos times que fecharam a 23ª rodada na liderança foram campeõesAo reforçar sua esperança de que a equipe voltará à Série A em 2021, o presidente prefere projetar a campanha jogo a jogo em vez de focar em pontos necessários. “Eu tinha muita convicção de que ia acontecer , e ainda tenho. Mas hoje é o jogo a jogo. Quando todo mundo fala que tem de ganhar dez, ganhar 12, eu falo: 'Não. Tem de ganhar o próximo'. Tempo sempre há. Enquanto existem pontos possíveis, acredito que temos meios de chegar lá, sim. E vamos brigar até o fim", afirmou em entrevista ao portal UOL.
Por planejamento, ele revela que já começa a pensar na próxima temporada. Caso permaneça na Série B, o Cruzeiro terá menos recursos em caixa. Desta forma, quitar os acordos com os atletas mais experientes será missão dura. A Raposa tinha iniciado a temporada readequando os salários dos jogadores que permaneceram para a disputa da Segunda Divisão, sob a promessa de pagar as diferenças em 2021.
RENEGOCIAÇÃO
Mas o mandatário antecipa que está pronto para negociar com os atletas, caso o time não suba. “Não me preocupo com isso, pois, se acontecer o pior, que é o não acesso, acho que será tranquilo renegociar. Os atletas já sabem disso. Já foi conversado que, se o orçamento for reduzido, essa renegociação teria de ser feita", reforça Santos Rodrigues.
De acordo com o presidente, os atletas que ficaram após o rebaixamento entendem a situação. "Os jogadores têm sido muito bacanas com o Cruzeiro. Fábio, Léo, Henrique, Ariel Cabral, Manoel, que são pessoas que estão nessa situação. Em momento algum brigam ou falam sobre isso. Eles sabem da nossa realidade. Até já partiu de um deles falar com a gente: 'Presidente, fica tranquilo, se tiver que trabalhar com outro orçamento nós não queremos prejudicar, somos parceiros e queremos ajudar o Cruzeiro”.