A vitória no clássico com o América, quarta-feira, no Independência, deixou o Cruzeiro animado. Porém, todos no clube sabem que precisam fazer mais, principalmente como mandantes, condição na qual a equipe recebe o Brasil-RS, hoje, às 21h, no Mineirão, pela 26ª rodada da Série B. O time é o terceiro melhor visitante, mas apenas o 16º em casa, o que, ao lado de outros fatores, o impediu de estar melhor colocado. O duelo é também briga direta por posição, já que a Raposa (31 pontos) está logo atrás dos gaúchos (33).
A missão dos cruzeirenses é se livrar logo da ameaça de rebaixamento e poder pensar em algo maior, inclusive a volta à Série A. Se mantiver o aproveitamento dos nove primeiros jogos sob o comando do técnico Luiz Felipe Scolari, terminará o ano tendo alcançado o primeiro objetivo.
Até 31 de dezembro, serão sete partidas. Depois da de hoje, na terça e sexta-feiras visitará CRB e Vitória, respectivamente. No dia 15, recebe o CSA, e nos dias 18 e 22 sai para enfrentar Avaí e Ponte Preta. O último compromisso em 2020 será dia 29, como anfitrião, diante do Cuiabá.
Caso conquiste 14 dos 21 pontos que vai disputar até lá, ou os atuais 66,66% obtidos com Scolari, chegará aos 45, entrando 2021 já podendo sonhar mais alto. Mas na Toca da Raposa II a ordem é não fazer contas e, sim, se concentrar em cada compromisso, a começar pelo de hoje, no qual só a vitória interessa.
“Temos de parar de perder pontos dentro de casa. Estamos dando uma relaxada quando vamos jogar no Mineirão e isso não pode ocorrer. Como mandantes, temos de impor o ritmo. E não podemos nem pensar em outro resultado que não a vitória”, afirma o volante Filipe Machado, que recuperou a condição de titular contra o Coelho, em um esquema com mais dois volantes, Adriano e Jádsom Silva.
Segundo ele, o jeito é melhorar a concentração, principalmente no começo dos jogos, quando foi surpreendido em algumas ocasiões, como contra o Confiança, há nove dias. “Vamos usar a inteligência, ditar o ritmo. Quando possível, temos de pressionar. Se tiver ruim, recuar e todo mundo marcar. Como se diz no futebol: com a bola, ter qualidade; sem ela, ter humildade. Aí, vai ficar difícil para o adversário ganhar da gente.”
DESFALQUE
Felipão não poderá contar com o atacante William Pottker, que sofreu lesão muscular na coxa esquerda e ficará até três semanas parado. No lugar dele deve entrar Arthur Caíke, como ocorreu ainda no primeiro tempo do confronto passado. Resta saber se, como mandante, o treinador manterá o esquema com três volantes, que funcionou bem contra o América. Uma opção seria a entrada do armador Régis ou mesmo a volta do atacante Marcelo Moreno, livre de suspensão.
Os defensores elogiaram a formação de quarta-feira. “Com três volantes nosso time fica mais seguro na defesa. O Machado tem mais liberdade para sair, até por ter bom passe, os outros seguram um pouco mais, liberando os laterais para ir à frente”, argumenta o lateral-esquerdo Matheus Pereira.
O ADVERSÁRIO
Em ascensão
Sem perder há três jogos, nos quais obteve duas vitórias e um empate, o Brasil vem a Belo Horizonte querendo usar o mau aproveitamento do Cruzeiro no Mineirão nesta Série B. Para isso, aposta no atacante Delatorre, que atravessa boa fase, com dois gols nos últimos quatro duelos.
FICHA TÉCNICA
Cruzeiro x Brasil-RS
Cruzeiro: Fábio; Cáceres, Manoel, Ramon e Matheus Pereira; Adriano, Jádsom Silva e Filipe Machado; Aírton, Rafael Sóbis e Arthur Caíke
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Brasil-RS: Rafael Martins; Rodrigo Ferreira, Leandro Camilo, Heverton e Alex Ruan; Sousa, Bruno Matias e Matheus Oliveira; Jarro (Bruno Santos), Bruno José e Dellatorre
Técnico: Cláudio Tencati
26ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro
Estádio: Mineirão
Horário: 21h
Árbitro: José Mendonça da Silva Júnior (PR)
Assistentes: Rafael Trombeta e Luciano Roggenbaum (PR)
TV: Pay-per-view
Cruzeirenses pendurados: Adriano, Aírton, Jadsom Silva, Fábio, Manoel, Rafael Sóbis, Ramon e William Pottker