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Estado de Minas SÉRIE A

Como a COVID-19 afetou Alan Franco

Mais de um mês depois de ter sido infectado pelo novo coronavírus, equatoriano ainda luta para voltar à boa forma.


02/01/2021 04:00 - atualizado 02/01/2021 09:37

Mesmo jovem e atleta, Alan Franco sentiu os efeitos da doença e trabalha para se recuperar fisicamente(foto: Bruno Cantini/Atlético)
Mesmo jovem e atleta, Alan Franco sentiu os efeitos da doença e trabalha para se recuperar fisicamente (foto: Bruno Cantini/Atlético)
Em 14 de novembro do ano passado, o volante Alan Franco foi diagnosticado com COVID-19. Passado mais de um mês e meio, o jovem meio-campista, de 22 anos, ainda não conseguiu se recuperar totalmente da doença, que o afetou física e psicologicamente. Mas por que o equatoriano tem demorado mais que outros jogadores do Atlético para retomar as condições ideais após contrair o vírus?

Apesar das centenas de estudos desenvolvidos pelo mundo nos últimos meses, a doença ainda é considerada nova. Por isso, não há conclusões definitivas sobre vários aspectos que a envolvem. Diante do que já foi produzido cientificamente, o departamento médico do Atlético traça hipóteses que ajudam a explicar o processo pelo qual Franco tem passado.

Segundo o fisiologista do clube, Roberto Chiari, o fato de o meio-campista ter sido submetido a um período maior de isolamento que outros atletas provocou reflexos físicos mais evidentes. Tanto é que, após ser reintegrado aos treinamentos, Franco ainda não recuperou a titularidade do time comandado pelo técnico Jorge Sampaoli.

“Os atletas respondem à COVID-19 de maneira individual, de forma diferente entre eles. E ainda existem outras questões envolvidas. No caso específico do Alan Franco, ele estava servindo à seleção. Então, já havia alguns dias que não estava na rotina de treinamento aqui do clube. E ele fez o período de isolamento na cidade natal dele, no Equador. Então, o período em que ele esteve afastado dos treinamentos foi maior que o da maioria dos outros atletas que também estiveram isolados”, explicou Chiari.

“Como foi um período de isolamento maior, é claro que isso também implica destreinamento maior. Por isso é que é um retorno que a gente precisa respeitar. Precisa ser um retorno mais gradativo. A gente tem que acompanhar como o atleta está respondendo”, acrescentou o fisiologista.

O departamento médico alvinegro não estabelece prazos para que jogadores que contraíram COVID-19 recuperem o condicionamento ideal. O entendimento, porém, é que Franco está num momento de evolução, próximo ao rendimento físico que apresentava antes de adoecer.

“Temos os parâmetros de quando esse atleta estava treinando antes da doença e a gente percebe que existe um comprometimento ainda da condição física dele, mas que já está muito próximo de antes de ter contraído a doença. Está muito próximo do ideal já”, afirmou Chiari.

Casos no Galo

O armador Cazares, que hoje está no Corinthians, foi o primeiro caso de COVID-19 no Atlético. Ele testou positivo em 31 de maio. Depois, veio o volante Rubens, de 19 anos, do Sub-23, que havia treinado com os profissionais do Atlético e foi diagnosticado com o novo coronavírus em 11 de novembro. A partir daí, os casos começaram a se multiplicar na Cidade do Galo, incluindo base, profissional e time feminino – até hoje, foram informados 33 no total.

Entre os que foram infectados estão o técnico Jorge Sampaoli e vários de seus assistentes. Dos jogadores, testaram positivo para a doença os goleiros Victor, Rafael e Éverson, os zagueiros Réver e Gabriel, os volantes Allan e Jair, o lateral-direito Guga e o atacante Vargas, além de Alan Franco.

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