Rodrigo Caetano foi anunciado como novo diretor de futebol do Atlético nessa quarta-feira. Ele chega ao clube para substituir Alexandre Mattos. No Galo, o executivo terá a chance de trabalhar com um orçamento 'folgado' para contratações, já que o 'grupo dos 4 R s' está disposto a investir no clube nos próximos anos.
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No Atlético
Rodrigo Caetano terá, como principal missão, buscar jogadores pedidos pelo exigente técnico Jorge Sampaoli. No último ano, o treinador promoveu uma reformulação no elenco atleticano.
Sampaoli, no entanto, gosta de contratações pontuais e indicadas por ele. Desta forma, o novo dirigente do Galo deverá ter menor impacto na indicação de nomes (como aconteceu com Alexandre Mattos, demitido na última segunda-feira).
Trajetória
Rodrigo Caetano nasceu em Santo Antônio da Patrulha, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Foi meio-campista, chegou a atuar pelo Grêmio e fez a maior parte da carreira em equipes de médio e pequeno porte do Rio Grande do Sul.
Iniciou a trajetória como executivo de futebol em 2003 no RS Futebol, ao lado do técnico Paulo César Carpegiani. Caetano atuou diretamente no trabalho de formação de jovens jogadores, que revelou nomes como o zagueiro Thiago Silva (Chelsea).
Depois, ficou de 2005 a 2008 no Grêmio. Pelo clube tricolor, trabalhou tanto nas categorias de base, quanto no futebol profissional, e viu de perto o surgimento de atletas de destaque: Anderson, Lucas, Douglas Costa e Carlos Eduardo.
Mas foi pelo Vasco, entre 2009 e 2011, que Rodrigo Caetano se tornou destaque no cenário nacional. O dirigente reconduziu a equipe carioca à Série A e só deixou o clube após a conquista da Copa do Brasil.
Depois, teve uma passagem de altos e baixos pelo Fluminense: foi campeão brasileiro e carioca em 2012, mas precisou apelar para os tribunais para evitar o rebaixamento do time no ano seguinte.
Voltou ao Vasco em 2014 e, apesar de diversas dificuldades, conduziu a equipe, mais uma vez, ao acesso à Série A. Em 2015, assumiu o Flamengo, que à época já tinha um dos maiores orçamentos do futebol brasileiro.
Na Gávea, fez contratações impactantes - como Éverton Ribeiro, Diego Alves e Diego Ribas -, mas só conquistou um título: o do Campeonato Carioca de 2017. Foi demitido em março de 2018, após eliminação para o Botafogo no Estadual.
Em seguida, partiu para o último trabalho antes de assinar com o Atlético. De volta a Porto Alegre, assumiu um Internacional que acabara de voltar para a Primeira Divisão e precisava retomar o protagonismo no cenário nacional.
Ficou no clube gaúcho entre maio de 2018 e dezembro de 2020. No período, conseguiu recolocar a equipe entre as mais fortes do país, mas não conquistou títulos e deixou o cargo com a imagem um pouco arranhada com a torcida após a saída do treinador Eduardo Coudet.