A volta do América à Série A é fruto de uma administração responsável e eficiente dos limitados recursos financeiros de um clube bem estruturado, dono de CT e estádio dos melhores do Brasil. E da competência de montar, dentro de sua realidade, um ótimo time, muito bem dirigido pelo incensado (com justiça) técnico Lisca.
Mas o acesso não é novidade para o Coelho. Será o quarto desde 2010, quando chegou à Segunda Divisão como campeão da Série C e, de cara, galgou mais um degrau até a elite. Depois, foram mais três campanhas exitosas, em 2015, 2017 – então coroada com o bicampeonato da Série B, superando o Inter – e esta de 2020/2021.
Curiosamente, a primeira das quatro chegadas mais recentes à Série A se deu na esteira de grande reestruturação, apenas três anos após o maior revés da história americana: a disputa (e conquista) do Módulo II do Campeonato Mineiro, em 2008, motivada pelo histórico vexame da queda no Estadual do ano anterior.
Entretanto, o fato é que, desde 2010, o América tem feito boas campanhas na Série B, inclusive com dois quintos lugares, e conseguido frequentes acessos à elite. O problema é que, nas vezes em que subiu, foi imediatamente rebaixado novamente nos anos seguintes.
Esse sobe-desce é um fenômeno que ocorre não apenas com o Coelho, mas com vários clubes médios, cujos orçamentos são bem mais modestos do que os dos maiores clubes do país.
Esse sobe-desce é um fenômeno que ocorre não apenas com o Coelho, mas com vários clubes médios, cujos orçamentos são bem mais modestos do que os dos maiores clubes do país.
E o desafio é exatamente quebrar essa escrita e emplacar uma boa sequência na Série A, invertendo a tendência e fazendo com que a exceção seja um eventual bate-volta na B. Mantendo o trabalho sério e reforçando o elenco (sem excesso de contratações e de endividamento) isso é possível.
Outros times de porte semelhante ao do América já conseguiram. A hora é esta.