Mesmo com a perda de seis pontos em razão de uma punição na Fifa, o Cruzeiro foi apontado como favorito ao acesso e até mesmo ao título na Série B. As opiniões partiram tanto de jornalistas quanto de treinadores e dirigentes. Entre os vários argumentos estavam o histórico positivo dos grandes clubes, o orçamento superior aos de concorrentes, a estrutura de trabalho, a visibilidade na mídia e o tamanho da torcida. A expectativa era para uma rápida passagem pela segunda divisão de um time que encerrou o Brasileiro de 2019 em 17º, com 36 pontos, um ano depois de conquistar o sexto título da Copa do Brasil (bicampeão consecutivo).
Leia Mais
Chapecoense perde, e América reassume liderança da Série BAmérica volta a mira para o ataque, que caiu na reta final da série B Sucessão de erros deixa título do Brasileiro distante do Atlético Savarino iguala Chará e assume top 5 de goleadores estrangeiros do AtléticoDaniel Guedes segue ligado ao Cruzeiro e terá futuro avaliado pela direçãoPara manter sonho vivo, Atlético recebe reserva dos Santos no MineirãoSe o Cruzeiro saiu fora da briga pelo acesso muito antes da confirmação pela estatística, os outros três rebaixados do Brasileirão de 2019 aspiram coisas importantes na Série B. Garantida na primeira divisão, a Chapecoense briga pelo título com o América, enquanto CSA e Avaí pleiteiam a quarta vaga - o Cuiabá é o terceiro classificado.
A Chape caiu em 2019 em 19º, com 32 pontos (7 vitórias, 11 empates e 20 derrotas). Em 2020, o time esteve quase sempre entre os quatro mais bem colocados e encaminhou o acesso com certa tranquilidade. Em relação ao título, perdeu a liderança para o América no critério de gols marcados (39 a 41) após sofrer revés diante do Operário, por 2 a 0, no estádio Germano Kruger, em Ponta Grossa.
Ainda assim, a Chapecoense está com boa probabilidade de título - 48,4%, segundo o Departamento de Matemática da UFMG. Para isso, terá de ganhar do Confiança na sexta-feira, às 21h30, na Arena Condá, em Chapecó, por diferença superior ao América contra o Avaí, no mesmo dia e horário, no Independência, em Belo Horizonte. Mineiros e catarinenses estão em igualdade com 70 pontos, 19 vitórias, 13 empates, 5 derrotas e 19 gols de saldo.
A tarefa do Coelho tende a ser mais complicada que a da Chape porque o Avaí, lanterna do Brasileirão de 2019, com 20 pontos, alimenta as esperanças de acesso. Nesse caso, é preciso que haja uma combinação de resultados além da vitória do clube de Florianópolis (6º, com 55): o Juventude (4º, com 58) perder para o Guarani, no Brinco de Ouro, em Campinas, e o CSA (5º, com 56) no máximo empatar com o Náutico no estádio dos Aflitos, no Recife.
A UFMG dá ao Avaí 10,2% de chance de acesso. Ao CSA, o índice é quase o triplo: 28,2%. O Náutico, adversário de sexta-feira dos alagoanos, livrou-se matematicamente do risco de queda ao empatar por 0 a 0 com o Cruzeiro, no Independência. Desta forma, o 18º na Série A 2019 (32 pontos) pode se aproveitar de um “relaxamento” do rival para regressar à elite no ano seguinte ao da queda. Isso, claro, dependerá de um descuido do Juventude contra o Guarani.
O Cruzeiro, por sua vez, terá o auxiliar Célio Lúcio à beira de campo no duelo com o Paraná, no estádio Durival Britto, em Curitiba. Luiz Felipe Scolari optou por não continuar o trabalho que tinha a expectativa de ser em longo prazo, até dezembro de 2022, e se desligou do clube na reta final da Série B. Enquanto o time se despede com uma campanha muito abaixo das expectativas, a diretoria procura um substituto para Felipão. O nome preferido é o de Felipe Conceição, vinculado ao Guarani até o fim de 2021.