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Estado de Minas COPA LIBERTADORES

Palmeiras derrota Santos com gol no fim e conquista bi da Copa Libertadores

Atacante Breno Lopes, de Belo Horizonte, marcou o gol do título nos acréscimos, garantindo a vitória e o título ao Verdão


31/01/2021 04:00 - atualizado 30/01/2021 22:56

Jogadores do Palmeiras levantam a taça da Copa Libertadores, depois da vitória por 1 a 0 sobre o Santos(foto: Mauro Pimente/AFP)
Jogadores do Palmeiras levantam a taça da Copa Libertadores, depois da vitória por 1 a 0 sobre o Santos (foto: Mauro Pimente/AFP)

O Palmeiras é bicampeão da Copa Libertadores. Ontem, no Maracanã, o Verdão derrotou o Santos por 1 a 0 e voltou a erguer o troféu mais importante da América do Sul. O gol do título foi marcado pelo atacante Breno Lopes aos 53 minutos do segundo tempo. Mineiro de Belo Horizonte, ele dedicou o gol à comunidade onde nasceu, no bairro São Bernardo. O jogo teve transmissão exclusiva do SBT/Alterosa, na TV aberta, com audiência histórica.

Breno Lopes foi contratado há menos de dois meses junto ao Juventude e está longe de ser o grande astro do elenco do Palmeiras. Mas foi o herói do título mais cobiçado pelo clube nos últimos anos. O atacante marcou de cabeça o gol do título da Copa Libertadores, nos acréscimos do segundo tempo. Graças a ele, o time venceu o Santos e garantiu pela segunda vez na história a taça.

Antes de comemorar o título, foi preciso superar um jogo tenso. A final teve poucos chutes a gol e erros a perder de vista. Os donos das duas melhores campanhas da Libertadores estiveram longe do futebol veloz e ofensivo dos 12 jogos anteriores. Em um duelo parado e de poucas emoções, a bola decisiva saiu do pé de Rony e encontrou a cabeça de Breno Lopes, que colocou a bola no contrapé de John.

Foi apenas o segundo gol de Breno Lopes pelo clube. O jogador ex-Juventude tinha marcado pela primeira vez pelo Palmeiras diante do Vasco, na última terça-feira, e entrou no segundo tempo para mudar a história da carreira dele e também a trajetória do clube. Em um jogo de poucas emoções e muitos candidatos a herói, um dos mais improváveis deles marcou o gol da vitória.

A final da Libertadores frustrou no início pela falta de cuidados com a pandemia e ausência de futebol. Os convidados presentes ao estádio se acomodaram quase todos no mesmo setor e muito próximos entre si. Embora isso tenha garantido o apoio, houve demonstrações claras de desrespeito ao distanciamento social. O locutor do Maracanã fez vários pedidos para que todos usassem máscaras.

Dentro de campo, o forte calor prejudicou o primeiro tempo. O ritmo lento e os muitos erros fizeram as chances de gol sumirem. O Santos começou o jogo mais ofensivo e posicionou os dois laterais como pontas. O Palmeiras controlou esse ímpeto e conseguiu cavar algum espaço no ataque com Rony. Veio dele o único chute da etapa inicial que obrigou um goleiro a trabalhar.

O time alviverde teve menos posse de bola, porém conseguiu finalizar com mais perigo no primeiro tempo. Apesar de insistir muito nos chutões. O Santos penou por não ter o brilho de Marinho e Soteldo, ambos muito marcados. Em uma final de várias divididas, trombadas e erros, restava ficar claro quem teria o apetite necessário para jogar futebol e ser campeão.

O desafio no segundo tempo dos times era aprimorar a criação e fazer o setor de meio-campo aparecer. O jogo dependente de chutões, lances individuais e bolas aéreas parecia um reflexo do nervosismo dos finalistas. Pouco mudou. As defesas continuavam prevalecendo. Conforme o tempo passava, as equipes aumentavam o número de faltas e mostravam insegurança para arriscar.

Tensos à beira do gramado, os treinadores demoraram para mexer. As substituições só começaram depois dos 25 minutos do segundo tempo. O Santos conseguiu dar trabalho para Weverton pela primeira vez aos 31, em finalizações consecutivas de Felipe Jonatan e Pituca. Esses lances parecem ter ligado um alerta em campo de que o fim do jogo se aproximava e um gol a partir dali encaminharia o título.

A prorrogação era uma realidade quando um desentendimento agitou o jogo. Cuca e Marcos Rocha trocaram empurrões. O jogo parecia fadado ao fim após essa briga, quando uma brecha se abriu. Rony puxou um ataque pela esquerda e cruzou para Breno Lopes na área. O atacante pode não ter a categoria de Evair, o renome de Ademir da Guia ou a idolatria de Dudu, mas agora está na história. Graças ao gol dele, o Palmeiras voltou a ganhar a Copa Libertadores.

SBT tem audiência histórica

A tão aguardada final da Copa Libertadores fez com que o SBT atingisse uma audiência histórica na Grande São Paulo. Enquanto a bola rolava, das 17h01 às 19h02, a emissora foi assistida por mais de cinco milhões de telespectadores – um dos melhores resultados do canal nos últimos 21 anos, e uma das marcas mais altas atingidas pela rede em toda a sua história. Além disso, a transmissão venceu a Globo de lavada: nem mesmo a aposta em flashes do Big Brother Brasil foi capaz de deter a partida entre Palmeiras e Santos.


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