Jornal Estado de Minas

CRUZEIRO

Dedé consegue liminar para rescindir com o Cruzeiro e fica livre no mercado


O zagueiro Dedé conseguiu na Justiça uma liminar para rescindir o contrato com o Cruzeiro, que valia até o fim de 2021. Com a decisão – emitida nesta segunda-feira pela 48ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte –, o defensor de 32 anos fica livre, momentaneamente, para firmar um vínculo com outro clube.



A informação foi publicada inicialmente pelo globoesporte.com e confirmada pelo Superesportes, que teve acesso aos documentos do processo.

Responsável pela decisão, o juiz Fábio Gonzaga de Carvalho mencionou os atrasos no pagamento de FGTS como justificativa para liberar Dedé do contrato com o Cruzeiro.

O jogador não atua desde 19 de outubro de 2019 e tem travado batalhas judiciais com o clube.

"Declarar, liminarmente e em sede de tutela antecipada, a mora contumaz do reclamado, com consequente declaração da rescisão indireta do contrato de trabalho desportivo, liberando-se o reclamante de qualquer vínculo trabalhista efederativo para com o reclamado, declarando-o o livre para exercera sua profissão, consoante disposto no artigo 5º, XIII da CF", lê-se na decisão.

Há pouco menos de um mês, Dedé havia recebido uma decisão negativa na Justiça do Trabalho.

Em 28 de janeiro, o jogador não conseguiu o mandado de segurança solicitado e ainda foi condenado a arcar com as custas do processo, no valor de R$ 277.813,33, calculadas sobre R$ 13.890.666,70 atribuídos à causa – considerando a soma de verbas rescisórias (R$ 3.390.666,66) e cláusula compensatória (R$ 10.500.000,00).



Na petição inicial, datada de 4 de janeiro, o atleta pleiteava R$ 35.258.058,64.

O juiz Paulo Pires, responsável pela decisão, ainda lamentou o argumento dos representantes legais de Dedé, que afimaram que o jogador estaria submetido a “permanecer como um escravo” no Cruzeiro por não receber salários há vários meses.

Conforme o magistrado, a remuneração de R$ 750.000,00 foi paga ao reclamante ao menos de maneira parcial ao longo dos anos. Além disso, ele citou “o crítico momento socioeconômico por que passa a esmagadora maioria da população brasileira”, na luta para receber “salário mínimo de R$ 1.100,00” em meio à pandemia de COVID-19 que “vem assolando o mundo”.

Valores que Dedé cobra do Cruzeiro

audima