Dois volantes velhos conhecidos da torcida retornaram ao Cruzeiro nesta semana. O aproveitamento de ambos ainda é incerto, mas tanto o jovem Lucas Nonoca, de 22 anos, quanto o experiente Henrique, de 35, estão na Toca da Raposa II, um sendo observado pelo técnico Felipe Conceição em campo, o outro iniciando fisioterapia depois de se recuperar de cirurgia para corrigir edema ósseo e lesão no menisco do joelho direito.
“Obrigado pela oportunidade, Cruzeiro. Sempre uma honra”, afirmou Nonoca, ao responder a publicação do Twitter, feita pelo perfil oficial do clube, em que recebe incentivo: “Pra cima, garoto”.
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No atual elenco, caso seja aprovado pelo treinador, o meio-campista encontrará forte concorrência. Além de Adriano e Jadson, remanescentes da temporada 2020, o clube contratou Matheus Neris, que pertence ao Palmeiras e estava no Figueirense, e Matheus Barbosa, ex-Cuiabá.
Já Henrique ainda não tem prazo para voltar a atuar. Com 524 jogos e 27 jogos com a camisa celeste, ele não conseguiu sequência nesta terceira passagem pela Toca da Raposa II, iniciada em julho.
Logo no retorno do Fluminense, sofreu acidente de carro na Serra do Rola Moça, entre Belo Horizonte, Brumadinho e Nova Lima. Depois, em função de lesão no joelho, que o impede de entrar em campo desde 8 de outubro. O contrato com o Cruzeiro vai até dezembro.
Como tem salário muito acima do teto estabelecido pela diretoria ainda no ano passado, teria de aceitar redução para permanecer. Além disso, precisa haver a concordância de Felipe Conceição.
Ele é um dos casos que o diretor de futebol André Mazzuco terá de resolver. Há outros atletas cujo futuro está indefinido, como o armador Giovani.
Preparação
De qualquer forma, os jogadores acreditam que o momento é melhor que há um ano. Na oportunidade, o clube era comandado pelo Núcleo Dirigente Transitório (NDT) e não havia nem mesmo a certeza de quais jogadores poderiam ser usados na estreia no Campeonato Mineiro.
“Eu não estava na temporada passada, mas, pelo que sei, neste ano está mais organizado. Temos um treinador, temos um padrão e estamos trabalhando. Isso é muito importante. Ano passado foi meio conturbado. Então, temos boas expectativas, já com aprendizados por parte de todos. Que este ano as coisas estejam todas nos seus devidos lugares”, afirmou o atacante Rafael Sóbis, um dos líderes do atual grupo celeste.
Ensaio com formação B para a estreia
Aírton; Joseph, Ricardo Silva, Eduardo Bauermann e Lucas Luan; Flávio, Marcelo Toscano e Geovane (Gustavinho); Léo Passos, Vitão e Carlos Alberto. Sem mistério por parte do técnico Lisca, esse é o time que o América deverá mandar a campo diante do Boa, sábado, às 19h, no Independência, pela primeira rodada do Campeonato Mineiro, abrindo a temporada 2021.
A formação foi usada pelo treinador no jogo-treino de ontem pela manhã, no CT Lanna Drumond, contra o Bolívar-BOL. Como previsto, nenhum dos atletas que terminaram a Série B do Campeonato Brasileiro 2020 como titular, em janeiro, foi utilizado, pois ganharam período de folga e voltaram a treinar há apenas 10 dias.
“Nossa pré-temporada é bem atípica, pois são dois grupos, um na quarta semana de trabalho e outro na segunda. Temos de ter cuidado com a carga de trabalho, pois não podemos pensar só nos jogos de agora, mas no ano todo. Como o calendário vai ser apertado de novo, temos de preparar o alicerce, a base de todo o trabalho, para suportar bem a temporada. Então, segurei um pouco mais os principais atletas, pois carecemos de trabalho de força”, explica Lisca.
Já para a segunda rodada do Mineiro, quarta-feira que vem, contra o Athletic, em Juiz de Fora, a coisa muda de figura. “No sábado não vamos com os principais, mas já para a segunda rodada a ideia é a participação de todos os jogadores. Até porque logo vai ter a estreia na Copa do Brasil, que pode ser no dia 10 ou no dia 17 de março”, argumenta o treinador.
Ele mandou a campo no primeiro tempo do jogo-treino de ontem a formação inteiramente reserva. Com ela, o América fez 1 a 0, gol de Geovane, aos 26min. Aos 30min, quando houve parada para a hidratação, o armador foi substituído por Gustavinho.
Pratas da casa
Na segunda etapa, o time americano teve basicamente pratas da casa. Jogando com Jori; Thalys (Joseph), Rodolfo, Heitor e Carlos Júnio; Matheus Santos, Lucas Gabriel e Gustavinho; Ighor Gabryel (Sabino), Kawê (Ighor Gabryel) e Goldeson, o Coelho sofreu gol do atacante Armando Sadiku, logo aos 6min.
“No primeiro tempo foi uma equipe mais experiente, que deve ser a base para a nossa estreia. E já introduzindo o Ricardo (Silva), que parece que nem saiu daqui (acaba de retornar ao América), de tão entrosado. Carlos, Kawê e Gustavinho fizeram bom jogo. Heitor fez jogo de luxo. Carlos Júnio também. Mais importante que qualquer placar foi o desempenho, a desenvoltura do jogador. Foi de muita valia e temos de agradecer a todos, inclusive ao Bolívar-BOL, que é uma equipe que disputará a Copa Libertadores, entrando nas primeiras fases”, diz Lisca, referindo-se aos bolivianos, que também enfrentaram Atlético e Cruzeiro em jogos-treinos, perdendo por 3 a 1 e 1 a 0, respectivamente.