O Cruzeiro se manifestou sobre as queixas dos torcedores ao programa Sócio 5 Estrelas. O posicionamento do diretor de negócios e inteligência Matheus Gonzaga, via assessoria de comunicação do clube, é em resposta à publicação do Superesportes em 24 de fevereiro.
A reportagem enviou quatro perguntas há quase um mês e recebeu o retorno nesta segunda-feira (1º de março).
O primeiro questionamento foi referente à falta de aviso aos sócios para renovarem ou mudarem de categoria.
Leia Mais
Conceição aposta na evolução do Cruzeiro: 'Temos margem de crescimento'Cruzeiro estreia no Mineiro com empate com o Uberlândia Reformulado, Cruzeiro terá laboratório para a Série BAtletas do Atlético na mira? Sampaoli chega a Marselha e avalia elencoCom plano de usar mais a base, Atlético estreia 5 jovens; interino elogia“Esse foi um dos problemas decorrentes da negligência das gestões anteriores com o Sócio, por não pagarem os serviços de SMTP, o que acabou afetando as regras de renovações nos disparos. Trabalhamos para corrigir isso e retomamos esses disparos”.
Os cruzeirenses também relataram que tiveram de preencher “do zero” informações básicas como nome completo, data de nascimento, CPF, e-mail e telefone para contato.
Matheus Gonzaga explicou que não houve equívoco no sistema interno, e sim uma atualização do banco de dados.
“Não houve falhas na T.I, nem em nosso banco de dados. O Cruzeiro tem um LTV (Lifetime Value - "Vida ativa do sócio no programa") superior a 3 anos, e isso nunca foi atualizado em nosso banco de dados. O motivo para o pedido de preenchimento dos dados foi para atualização do nosso banco de dados. Os anos passam e, com isso, aumenta o índice de problemas e inconsistências que o clube possui com dados básicos como endereço, telefone, celular e outros. Esses dados constroem um CRM mais eficaz e são justamente os que, hoje em dia, nossa área de inteligência utiliza para criar ações e campanhas altamente customizadas e assertivas”.
O diretor garantiu também que a maioria dos vinculados ao Sócio Reconstrução (R$12 por mês) já recebeu os cartões.
Conforme o portal da transparência, são 43.846 cadastrados na modalidade, que não está mais disponível para renovação - a opção é migrar para outro plano (o Bronze, mais barato, tem mensalidade de R$23,90).
“A maioria significativa dos Sócios que aderiram à modalidade Sócio Reconstrução já recebeu o seu cartão de em casa. Inclusive, este foi outro problema que herdamos em junho do ano passado quando se iniciou a gestão. Grande parte dos cartões não haviam sido emitidos e tampouco enviados devido a débitos existentes com a empresa emissora e os Correios”, frisou Matheus.
“Os poucos casos que restaram, dos que não receberam o cartão Reconstrução, foram de situações pontuais em que o Sócio marcou a opção de “retirada do cartão na Sede” e depois não compareceu, ou em que houve erro no preenchimento do endereço e o envio ficou impossibilitado”, complementou.
Por fim, Matheus Gonzaga citou os erros de administrações passadas, destacou as ações implantadas pela gestão atual e prometeu impulsionar uma das principais fontes de receita do Cruzeiro neste momento - R$11 milhões de um total de R$82 milhões arrecadados de janeiro a setembro de 2020.
“O sócio-torcedor é uma das maiores fontes de receita do clube e por isso é tratado como um grande ativo, por isso possui uma atenção especial pela gestão. Historicamente, o entendimento do programa de sócio era como benefício de garantia ou prioridade ou desconto em ingresso. Acreditamos muito no programa de Sócios como plataforma de relacionamento com o torcedor e não somente como um "plano de descontos em ingressos", afirmou.
"Ressaltamos que, principalmente nos últimos dois anos, ficou muito arranhada essa relação devido a um plano estratégico confuso e instável, como mudanças de nomes constantes e valores nos planos. Historicamente, o Cruzeiro teve cerca de 40 categorias de sócios, sem qualquer estudo de valores e benefícios mais aprofundados. Além disso, tivemos no passado recente a exclusão de Cruzeiros, que podem ser revertidos em benefícios, além da demora de envio dos cartões Reconstrução, por exemplo. Esse tipo de instabilidade prejudica muito o andamento de qualquer programa", listou a direção, via assessoria.