Jornal Estado de Minas

SUPERLIGA FEMININA

Minas vira série decisiva e volta a conquistar a Superliga em cima do Praia

O Minas conquistou o tetracampeonato da Superliga Feminina e confirmou a melhor campanha desta edição. E o gostinho do título veio novamente diante do maior rival, o Praia Clube, de Uberlândia, adversário da final na temporada 2018/19, vencida pelas minas-tenistas. A equipe de BH virou a série decisiva sobre as aurinegras ao ganhar por 3 sets a 2, nesta segunda-feira, em Saquarema (RJ). Em um jogão de reviravoltas, as parciais foram de 25/17, 13/25, 13/25, 25/18 e 15/11.





O Minas mostrou força no lado emocional, já que saiu em desvantagem na final ao perder o primeiro jogo por 3 a 1, na quinta-feira passada. A recuperação veio com o triunfo na noite de sábado, quando devolveu o placar e prolongou a definição para o terceiro duelo. Nesta segunda-feira, o time de Macris, Thaísa, Carol Gattaz e cia. voltou a levar a melhor sobre o Praia, virou a série para 2 a 1 e faturou o tetracampeonato, o bi de forma consecutiva - em 2019/20 a competição foi encerrada de forma prematura por causa da pandemia. 

O Minas teve uma temporada quase perfeita no clássico contra o Praia. Além de superar o rival no Estadual, o time de BH foi campeão em cima das uberlandeses na Copa Brasil, também em Saquarema (RJ), com triunfo por 3 sets a 2, e ganhou os jogos do turno e returno desta edição da Superliga. Por fim, as minas-tenistas faturaram mais um título da principal competição nacional sobre o clube do Triângulo. 

Com quatro títulos, o Minas é o terceiro maior campeão da hstória da Superliga, atrás de Rio de Janeiro (12) e Osasco (cinco). O clube de BH levantou a taça nas temporadas 1992/93, 2001/02, 2018/19 e 2020/21. O MTC foi vice em cinco ocasiões e terminou com o bronze em seis oportunidades.





O JOGO 

Minas começou muito focado, defendeu bolas incríveis e abriu 8 a 4 no começo, obrigando Paulo Coco a pedir tempo para acalmar os nervos do Praia. Com Thaísa comandando na rede, a vantagem chegou a seis pontos: 11 a 5. Depois, Megan Easy apareceu na entrada de rede e pontuou: 15 a 6. Desestabilizado, o time do Triângulo errou em demasia e permitiu que as minas-tenistas ampliassem para dez pontos (17 a 7). Após tentativa frustrada de reação das aurinegras, Megan colocou mais uma no chão e fechou em 25 a 17. 

O Praia melhorou no segundo set, equilibrou as ações e passou à frente: 10 a 8. Mas o equilíbrio foi a tônica, já que o Minas também virou bolas, com boa trama de Macris na saída e entrada de rede. Com desconcentração das minas-tenistas, o time de Uberlândia aproveitou para ampliar: 17 a 12, depois 20 a 12. Os erros mudaram de lado, e as uberlandeses tiraram proveito para empatar. Walewska pôs no chão e fechou: 25 a 13. 

O terceiro set começou com o Praia melhor, logo abrindo 3 a 0. Com erros persistentes, o Minas levou 6 a 1, para desespero do técnico Nicola Negro. O time de Uberlândia controlou as ações, pontuou, enquanto as minas-tenistas se perdiam nos vacilos: 14 a 5. Implacável, a equipe do Triângulo se aproximou da virada com 17 a 5. Soberano e com direito a show da levantadora Claudinha, o Praia fez 2 a 1 em ataque de Fernanda Garay: 25 a 13.





Com Camila Mesquita em quadra, o Minas começou melhor o quarto set e fez 4 a 1. O suficiente para Paulo Coco pedir tempo. Mas as minas-tenistas aproveitaram instabilidade das rivais na recepção e abriram para 8 a 4. O Praia buscou empate em 11 a 11. E virou, com Fernanda Garay, que já comandava o time em quadra. Após pausa solicitada pelo comandante italiano do Minas, as equipes voltaram a trocar viradas de bola. A oposta Danielle Cuttino retornou e foi importante para a equipe de BH, que cresceu de produção e fechou em 25 a 18.

A definição foi para o tie-break. 

QUINTO SET

Com Dani Cuttino a fim de jogo, o Minas começou mais ativo e fez 3 a 1. Em bloqueio, Pri Daroit barrou Martínez e as minas-tenistas abriram para 7 a 4. Michelle errou na recepção e deu mais tranquilidade ao time da capital: 8 a 4. Em seguida, toque na rede e folga maior: 9 a 4. O ritmo foi intenso das minas-tenistas, que deslancharam e chegaram a 12 a 6. Coube a Dani Cuttino, em ataque na entrada de rede, decretar o quarto título para o MTC: 15 a 11. Nicola Negro, o grande comandante, foi erguido pelas jogadoras. Do outro lado, Paulo Coco consolou as atletas, que lutaram até o fim pelo triunfo.

Além de Danielle Cuttino, outra norte-americana deixou o nome gravado na emocionante final. A ponteira Megan 'Easy' terminou como a maior pontuadora, com 22 acertos, empatada com a dominicana Brayelin Martínez. A levantadora do Minas, Macris, foi eleita a melhor jogadora da final em eleição pela internet e recebeu o Troféu VivaVôlei. 





FICHA TÉCNICA

Minas
Macrís, Danielle Cuttino, Pri Daroit, Megan, Thaisa, Carol Gattaz e Léia (líbero). Entraram: Pri Heldes, Kasiely e Camila Mesquita 
Técnico: Nicola Negro 

Praia Clube
Claudinha, Brayelin Martinez, Michelle, Carol, Walewska, Fernanda Garay e Suelen (líbero). Entraram: Rosane, Monique, Mari Paraíba, Anne e Angélica
Técnico: Paulo Coco

Árbitros: Débora Santos e Flávio Campos

Final Superliga Feminina
1º/4 - Minas 1 x 3 Praia Clube - Saquarema-RJ -  (21/25, 12/25, 25/21 e 22/25)
3/4 - Praia Clube 1 x 3 Minas - Saquarema-RJ - (19/25, 25/20, 25/27 e 23/25)
5/4 - Minas 3 x 2 Praia Clube - Saquarema-RJ - (25/17, 13/25, 12/25, 25/18 e 15/11)

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