Jornal Estado de Minas

Campeonato Mineiro

Cruzeiro precisa se redimir do passado


O Cruzeiro precisa de vitória simples sobre o Patrocinense, hoje, às 16h, no Mineirão, para voltar à semifinal do Campeonato Mineiro. O time celeste, agora sob o comando de Felipe Conceição, busca a vaga após ficar fora da fase final do Estadual no ano passado. Na terceira colocação, com 17 pontos, a Raposa poderá se classificar até em caso de derrota no Gigante da Pampulha. Para isso, no entanto, precisará torcer por tropeços de URT e Caldense, que enfrentam América e Boa Esporte, respectivamente.





Para alcançar o objetivo, Felipe Conceição não pretende poupar nenhum titular. O volante Adriano e o atacante Airton, preservados na derrota por 1 a 0 para o Pouso Alegre, no domingo passado, retornam ao time. O principal desfalque é no setor ofensivo: Rafael Sobis recebeu o terceiro cartão amarelo e está fora.

O substituto do atacante, que veste a camisa 10 da Raposa nesta temporada, deverá ser Marcelo Moreno. William Pottker, novamente à disposição após cumprir suspensão automática, também briga pela vaga.

Já no meio-campo, a principal expectativa é sobre o escolhido para armar o time. Marcinho e Rômulo disputam posição, com grande favoritismo do segundo.

Durante a semana, Rômulo destacou a obrigação que o Cruzeiro tem de garantir classificação: “Temos a obrigação de vencer, claro, respeitando as qualidades individuais e coletivas do adversário. Mas jogando em casa, com o peso da camisa, precisamos nos impor para conseguirmos a classificação e termos uma posição importante na tabela que vá nos ajudar nas semifinais e nas finais. Temos de estar preparados para colher bons frutos na reta final”.



GRUPO REDUZIDO Já sem chances matemáticas de classificação às semifinais e fora de qualquer risco de rebaixamento, o Patrocinense dispensou uma série de jogadores ao longo da semana. O grupo comandado por Rogério Henrique, que chegou a Belo Horizonte ontem à noite, tem apenas 18 jogadores à disposição.

Na lateral direita, o treinador precisará improvisar o volante Wisley. Ferrugem, suspenso, e Cesinha, lesionado, estão fora da partida. No meio-campo, Leomir ganha a vaga de Íkaro, que levou o terceiro cartão amarelo na derrota por 1 a 0 para a URT, na rodada passada.

CRUZEIRO X PATROCINENSE
Cruzeiro
Fábio; Cáceres, Weverton, Ramon e Matheus Pereira; Adriano, Matheus Barbosa e Rômulo; Bruno José, Airton e Marcelo Moreno (William Pottker)
Técnico: Felipe Conceição
Patrocinense
Edson; Wisley, Alisson, Breno e Jhonathan Moc; Maycon Lucas, Leomir e Giba; Jeam, Jean Carlos e Wallace
Técnico: Rogério Henrique
11ª rodada do Campeonato Mineiro
Estádio: Mineirão
Horário: 16h
Árbitro: Igor Júnio Benevenuto de Oliveira
Assistentes: Guilherme Dias Camilo e Marcus Vinícius Gomes
Cruzeirenses pendurados: Airton, Alan Ruschel, Cáceres e Ramon
TV: Globo


enquanto isso...



… Dívida celeste revelada

O Cruzeiro atualizou sua dívida global para R$ 897 milhões no balanço financeiro de 2020, a ser apreciado pelo Conselho Deliberativo na quinta-feira. O deficit de R$ 226,5 milhões foi inferior ao de 2019 – quando o clube contabilizou R$ 394,1 milhões no vermelho, no ano da queda para a Série B do Brasileiro. Nos cinco primeiros meses de 2020, o clube anunciou prejuízo de R$ 259,2 milhões, porém, a gestão do presidente Sérgio Santos Rodrigues, iniciada em junho, conseguiu diminuir o deficit em quase R$ 33 milhões, chegando aos R$ 226,5 milhões. Com relação às receitas, o Cruzeiro faturou 
R$ 118,8 milhões líquidos em 2020, 57,7% a menos que os R$ 280,8 milhões de 2019. A baixa se deve à queda para a Segunda Divisão, que teve impacto drástico nas cotas de TV – de R$ 102,5 milhões para R$ 40,3 milhões. Outra redução importante foi nas vendas de direitos econômicos. Em 2019, foram arrecadados mais de R$ 108 milhões em negociação de atletas como De Arrascaeta, Murilo, Raniel e Lucas Romero. Em 2020, R$ 23,45 milhões, referentes principalmente a Edu, Maurício, Renato Kayzer e Caio Rosa. Por causa da pandemia, o Cruzeiro embolsou pouco mais de 
R$ 1 milhão em venda de ingressos, ante R$ 18,5 milhões de 2019. O sócio-torcedor , por sua vez, se manteve relativamente fiel, com renda de R$ 11,8 milhões (em 2019 foi de R$ 14,12 milhões). Mesmo na Série B, foram R$ 33,7 milhões de patrocínios/royalties em 2020, superior aos R$ 27,34 milhões de 2019.

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