De um lado, um time que busca um melhor jogo para se afastar da zona de rebaixamento. Do outro, uma equipe embalada por três vitórias consecutivas e que mira o topo da classificação do Campeonato Brasileiro. Neste sábado, América e Atlético se reencontram na Série A após quase três anos e fazem clássico de opostos no Independência. A bola rola às 19h, em compromisso válido pela 11ª rodada.
Mandante, o América fez, nas últimas cinco partidas, oito dos nove pontos conquistados na competição. A boa sequência de dois empates e duas vitórias no início de trabalho do técnico Vagner Mancini, porém, foi interrompida de forma drástica com a goleada por 4 a 0 sofrida contra o Fortaleza, na quarta-feira. O resultado fez o time parar na 15ª posição, a ameaçadores dois pontos do Z4.
Já o visitante Atlético chega com moral ao duelo. Afinal, são três vitórias consecutivas na competição: 4 a 1 sobre o Atlético-GO, 1 a 0 diante do Cuiabá e 2 a 1 em cima do atual bicampeão Flamengo, na última quarta-feira. A equipe alvinegra inicia a rodada na quarta colocação, com 19 pontos - só três a menos que o líder Palmeiras.
Reencontro
América e Atlético já se enfrentaram três vezes nesta temporada, todas pelo Campeonato Mineiro. Na decisão estadual, foram dois empates sem gols. Os resultados garantiram o título ao time do técnico Cuca, que teve melhor campanha ao longo da primeira fase da competição - etapa em que venceu o clássico por 3 a 1.
O jogo deste sábado será o reencontro das equipes na Série A após quase três anos. O último duelo na elite do futebol nacional foi em 14 de outubro de 2018, quando os rivais empataram por 0 a 0 no Horto, pela 29ª rodada. Em 2019 e 2020, o América jogou a Série B e, por isso, não enfrentou o Atlético pelo certame nacional.
América
Com recentes experiências negativas na Série A, o América tenta afastar da zona de rebaixamento já no início da competição para não se complicar no futuro. Para isso, considera prioritários os pontos disputados em casa - e não é diferente mesmo contra o forte Atlético.
"Vai ser um jogo de xadrez, no qual quem mexer uma peça antes da outra vai ter algum tipo de consequência. O Cuca é um excelente estrategista - eu acompanhei no São Paulo. Eu espero, realmente, um time forte no sábado. Um jogo muito competitivo de ambas as partes. São dois times que têm muita força de transição. Então, por isso, a gente tem que estudar bem o adversário, montar uma boa estratégia. Com certeza, vai ser um grande jogo", projetou Vagner Mancini.
O treinador americano terá à disposição força máxima para o duelo. A tendência é que Mancini mande a campo uma formação semelhante à escalada na última rodada. A principal mudança deve ser feita no meio-campo para fortalecer o sistema defensivo contra o poderoso ataque alvinegro.
Titular nos dois últimos jogos, Marcelo Toscano pode dar lugar ao volante Juninho, que foi reserva na goleada sofrida contra o Fortaleza. Os meio-campistas Alê e Geovane também são opções.
Atlético
Em busca do tão sonhado título brasileiro, o Atlético pode, se vencer o clássico, assumir a liderança nos critérios de desempate. Para isso, depende também dos resultados do Palmeiras (que encara o Santos) e de Red Bull Bragantino e Athletico-PR, que se enfrentam.
O Atlético, porém, não pensa apenas no Brasileirão. A escalação de Cuca contra o América levará em conta o desgaste dos jogadores, uma vez que, na próxima terça-feira, o time enfrentará o Boca Juniors em Buenos Aires, pela partida de ida das oitavas de final da Copa Libertadores.
"Antes do jogo do Boca, a gente tem um clássico diante do América, que vem de sua primeira derrota com o Mancini. Jogar lá é difícil. A gente respeita o América, sabe que é um clássico. Os últimos dois jogos contra eles foram difíceis, na final do Mineiro. Cabe a nós focar no América e, depois do jogo, pensar na decisão contra o Boca", analisou o goleiro Everson.
Cuca terá de lidar com uma série de desfalques. O goleiro Rafael, o meia Nacho Fernández e os atacantes Keno, Eduardo Vargas e Marrony estão fora por lesão. Integrado ao elenco da Seleção Brasileira Olímpica, o lateral-esquerdo Guilherme Arana é outra ausência. O zagueiro Gabriel está em negociação rumo ao futebol japonês e será preservado.
A tendência é que Cuca deixe de lado a escalação com três zagueiros utilizada contra o Flamengo. Com isso, Hyoran pode ganhar uma vaga no time. Na lateral esquerda, Dodô - recuperado de lesão na coxa - volta a ser opção. Se o técnico optar por preservá-lo para a Libertadores, há três opções improvisadas: o zagueiro Junior Alonso e os meio-campistas Tchê Tchê e Allan.
AMÉRICA X ATLÉTICO
América
Matheus Cavichioli; Eduardo, Eduardo Bauermann, Anderson e João Paulo; Zé Ricardo, Juninho Valoura, Juninho (Marcelo Toscano); Felipe Azevedo, Ribamar e Rodolfo.
Técnico: Vagner Mancini
Atlético
Everson; Mariano (Guga), Igor Rabello (Réver ou Nathan Silva), Junior Alonso e Dodô (Jair); Allan, Tchê Tchê, Matías Zaracho e Hyoran; Savarino e Hulk
Técnico: Cuca
Motivo: 11ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Independência, em Belo Horizonte (MG)
Data e horário: sábado, 10 de julho de 2021, às 19h (de Brasília)
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa-RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves (Fifa-RS) e Michael Stanislau (RS)
VAR: Daniel Nobre Bins (RS)