Jornal Estado de Minas

JOGOS OLÍMPICOS

Tóquio 2020: a 'praga' de ostras que ameaça local de competição da Olimpíada



Autoridades em Tóquio estão cada vez mais preocupadas com as águas de um importante local olímpico, onde um visitante indesejado já custou US$ 1,28 milhão (R$ 6,55 milhões) em reparos de emergência.





O Sea Forest Waterway, na Baía de Tóquio, que sediará os eventos de canoagem e remo, ficou pronto antes do previsto.

Mas a única coisa com que ninguém contava eram as ostras.

Um grande número delas se prendeu a flutuadores destinados a impedir as ondas de ricochetear sobre os atletas.

As ostras foram descobertas quando funcionários intrigados começaram a investigar por que as boias estavam afundando.

Resolver o problema tem sido uma tarefa enorme e demorada. O equipamento colocado em um vão de 5,6 km teve que ser arrastado para a costa e reparado ou limpo no local por equipes de mergulhadores. No total, eles retiraram 14 toneladas de ostras.

E não eram quaisquer frutos do mar. As autoridades descobriram que se tratava de ostras magaki, uma iguaria extremamente popular durante o inverno no Japão.

No entanto, elas foram descartadas.


Ostras são muito populares no Japão (foto: Getty Images)

"Não pensamos em consumi-las", disse um membro da equipe ao jornal local Asahi Shimbun. "Para isso, seriam necessárias verificações de segurança."





Uma pena porque, embora os preços variem em todo o mundo, essas ostras podem facilmente valer dezenas de milhares de dólares.

O Sea Forest Waterway é o único curso de remo de padrão internacional em todo o país.

Com um orçamento de apenas US$ 1,5 milhão (R$ 7,67 milhões) por ano para sua manutenção após o término dos Jogos Olímpicos, as autoridades esperam encontrar uma solução de longo prazo para o dispendioso problema com as ostras.


Enormes quantidades de equipamento tiveram que ser retiradas da água para serem limpas (foto: Divulgação/Governo de Tóquio)

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