Em um momento que o mundo dos esportes vem sendo abalado com o surgimento de denúncias de abuso sexual em diversas modalidades, questionar o uniforme das mulheres em competições tem ganhado relevância ainda maior nesta edição dos Jogos Olímpicos, no Japão. E a apresentação da equipe alemã de ginástica artística foi um momento marcante desta edição da Olimpíada.
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Segundo publicação de Sarah nas redes sociais, onde lançou a #itsmychoice (é minha escolha, em português), ela declara: "Foi particularmente importante para nós dar o exemplo com a nossa aparência, para encorajar outras mulheres e especialmente as atletas mais jovens a usar o que elas se sentem mais confortáveis! Este pode ser o amado collant curto ou o traje longo".
O posicionamento ganhou nova repercussão nesta edição dos Jogos Olímpicos, no Japão, competição de alcance ainda mais expressivo internacionalmente. As alemãs fizeram suas apresentações usando um uniforme vermelho e branco cobrindo as pernas e gerou aprovação no mundo dos esportes.
Histórico de luta contra a sexualização
A luta contra a sexualização da mulher no esporte vai além da ginástica. No campeonato mundial de handebol de praia de 2021, a equipe feminina da Noruega foi multada em 1.500 euros pela infração de estarem usando shorts no lugar do tradicional biquíni. A Federação Europeia de Handebol (EHF) considerou o uniforme "impróprio". Mas após ampla repercussão do caso, a Federação estuda a alteração da regra no esporte.Todas estas manifestações levantam reflexões sobre como a sociedade pautada pelo pensamento patriarcal afeta a escolha de uniformes em competições femininas, onde o foco atualmente é mais voltado para a estética do que para o conforto e desempenho das competidoras.