O técnico Cuca decidiu como estratégia definir uma base de escalação e repetí-la o máximo que puder nas três competições que o Atlético disputou após o Campeonato Mineiro: a Copa do Brasil, a Libertadores e o Brasileirão. Agora, porém, com a possibilidade de perder o trio de estrelas do time, o treinador se vê "obrigado" a mudar os planos.
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"O Diego sentiu a perna pesada, cansada. Foi melhor a gente preservar o jogador, que é muito importante, e não correr o risco de perdê-lo novamente. A saída dele foi exclusivamente por isso. Ele estava sentindo o jogo, a perna um pouco presa. Era um risco muito grande de perdê-lo novamente. Então, a gente lançou o Sasha", justificou Cuca.
Ao contrário de Diego, o meia Nacho Fernández entrou no intervalo do jogo contra o Santos. E o meia argentino foi decisivo: fez dois gols e deu uma assistência. Foi a segunda partida consecutiva do "Cérebro" como reserva. No último sábado, ele iniciou no banco na vitória por 3 a 1 contra o Ceará, no Mineirão.
Questionado sobre os motivos de tirar Nacho do time titular, Cuca foi claro: vai preservá-lo agora para tê-lo à disposição nas partidas finais da temporada. "A gente está preparando o Nacho, dando a ele a condição ideal para que ele possa dar a arrancada final, porque a gente tem muitos jogos ainda", explicou o treinador.
Novos planos?
Nos próximos jogos, a tendência é que Cuca deixe ainda mais clara a tendência de preservar aqueles mais desgastados. Com isso, a estratégia de repetir sempre o time titular vai mudando aos poucos. Tudo para contar com o elenco na reta final.
"Perdemos o Hulk, perdemos o Diego (Costa), estamos sem o Vargas (lesão), sem o Savarino (aprimorando a parte física após lesão), sem o Arana (convocado pela Seleção Brasileira). Então, a gente tem que pensar bem para não correr o risco de ficar sem outros jogadores importantes também", prosseguiu Cuca.
"Acho que a gente tem feito as coisas certas na medida certa. Se precisar tirar um ou outro, a gente vai tirar. Agora, a gente tem a volta de Arana, a volta de Alonso. Eu tenho usado o Réver, o Igor (Rabello), conforme o jogo, o Tchê Tchê, o Jair", afirmou.
"Hoje, nesta modernidade que é jogar domingo e quarta, domingo e quarta, dentro da pandemia e do acúmulo de jogos, os jogadores já entenderam. É difícil hoje você ver um cara sair chutando o balde ou reclamando, porque eles já entenderam que se usa o elenco inteiro. Sai o Keno, sai o Jair, amanhã sai outro e vai rodando. Eles já entenderam que você não está tirando para punir ou tirando da posição de titular. Você está exercendo o direito que tem de trocas por diversos fatores, às vezes da parte técnica, às vezes da parte física, às vezes pensando lá na frente, como a gente tem feito com o próprio Nacho", completou.