Em busca da estabilidade na Série B do Campeonato Brasileiro depois do 1 a 1 com o Tombense, o Cruzeiro reencontrará amanhã contra o Londrina, pela 4ª rodada, um velho conhecido: Adilson Batista. A partida será às 21h30, no Mineirão. O treinador, que hoje lidera o clube paranaense, é o 8º que mais comandou a Raposa em sua história centenária – são 184 jogos.
Adilson teve duas passagens como técnico pela Toca da Raposa II. A primeira entre 2008 e 2010 e a segunda de 2019 a 2020, ano em que o Cruzeiro iniciou sua saga na Segunda Divisão. De acordo com o 'Cruzeiropedia', são 100 vitórias, 38 empates e 46 derrotas – aproveitamento de 61,23% dos pontos disputados.
Como jogador, Adilson defendeu a camisa do Cruzeiro por cinco anos, entre 1989 e 1993. Foram 162 jogos e 15 gols marcados, sendo quatro deles de falta. Em campo, o ex-zagueiro participou de 80 vitórias, 42 empates e 33 derrotas, ainda segundo números do 'Cruzeiropedia'.
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“Precisamos ter coragem, atitude, personalidade e confiança. É mais um adversário tradicional, que não merecia estar nesta condição pela grandeza e história. Temos de fazer a nossa parte. Estamos trabalhando, vamos passar (para os jogadores) tudo que é importante. Vamos concentrados para fazer um grande jogo”, complementou.
Adilson chegou ao Londrina no início de março. Ele foi contratado para substituir Vinícius Eutrópio. O treinador estava desempregado desde março de 2020, justamente quando foi demitido pelo Cruzeiro. Até aqui, disputou cinco jogos no comando do Tubarão e venceu dois deles.
Nesta edição da Série B, os paranaenses somam quatro pontos e estão na 8ª colocação – uma vitória (Náutico), uma derrota (Criciúma) e um empate (Novorizontino). O Cruzeiro, que tem campanha idêntica, é o 10º por ter saldo de gols pior (1 a -1).
Por sua vez, o técnico Paulo Pezzolano reconheceu, após o 1 a 1 de sábado com o Tombense, em Muriaé, que o Cruzeiro precisa treinar e melhorar especialmente em dois pontos: a transição defensiva e o último passe.
"Temos de arrumar isso. Essas transições são fatais para nós. E melhorar no último terço. É o mais difícil para o jogador: ter essa clareza na última zona, no último passe. Quando a gente tiver, toda a equipe vai seguir melhorando", garantiu o treinador uruguaio.
Lentidão
Diante do Tombense – e em outros jogos da temporada –, a equipe celeste apresentou lentidão e outras deficiências nesta recomposição. Dessa forma, facilitou a vida dos adversários para construir contra-ataques.O último passe também é um problema crônico deste Cruzeiro. Em inúmeras oportunidades, especialmente nos três jogos da Série B, os jogadores de ataque se mostraram afobados na conclusão das jogadas e nas tomadas de decisão. Até aqui, foram apenas dois gols (um de pênalti) na competição nacional.
Apesar de admitir os problemas, Pezzolano diz ver evolução no Cruzeiro. "O mais importante é eu ver melhoria em todos os jogos. Estamos no caminho certo. Sabemos que temos de ganhar todos os jogos, mas o mais importante é seguir melhorando como equipe, que mais para a frente vai chegar esse momento de ganhar todos os jogos como merece o Cruzeiro", disse.