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Estado de Minas EM BUSCA DO HEXA

Seleção Brasileira: veja os perfis de Lucas Paquetá, Fred e Bruno Guimarães

Personificação da multifuncionalidade do Brasil, o versátil Lucas Paquetá estreia em Mundiais como o grande coringa de Tite na busca pelo hexa


20/11/2022 04:00 - atualizado 19/11/2022 23:26

Lucas Paquetá, meio-campo da Seleção Brasileira
Lucas Paquetá é peça-chave no esquema tático do técnico Tite (foto: CARL DE SOUZA / AFP)
 
 
Danilo Queiroz

A conjuntura atual do futebol, esporte de constante variação e evolução, dá bastante valor para os jogadores polivalentes. Aqueles que não se incomodam de se entregar onde for preciso para contribuir em prol da equipe. Na Copa do Mundo de 2022, o grupo convocado pelo técnico Tite conta com vários nomes com esse estilo. Porém, poucos na Seleção Brasileira responsável por buscar o hexacampeonato são tão versáteis quanto Lucas Paquetá. Seria, inclusive, uma injustiça definir e restringir o jogador de 25 anos, revelado pelo Flamengo, a apenas uma posição em campo.

Se Tite precisar de um time ofensivo para furar defesas retrancadas, o camisa 7 se sai bem na função de segundo volante para iniciar a construção de jogadas. Caso o Brasil necessite de Neymar transitando em uma faixa mais ofensiva do campo, Paquetá pode evoluir e dar conta do recado na armação. No clube onde foi revelado, o jogador ainda atuou em posições no ataque. Na ausência de um centroavante, chegou a figurar na função. Também atuou pelos lados do campo. Na Seleção, não será preciso tanto sacrifício. Mas, através disso, Lucas conseguiu carimbar o passaporte para a primeira Copa da carreira.

A entrega sempre foi importante e marca registrada na carreira de Paquetá. E o fez crescer enquanto profissional da bola. Durante o período de base no Flamengo, ele era considerado um jogador promissor. Porém, não aparecia como candidato à estrela no clube onde tudo sempre acontece no superlativo. Aos poucos, ganhou espaço no Rio de Janeiro, brilhou e foi para a Europa, onde pavimentou a caminhada para chegar à Seleção Brasileira com passagens evolutivas por Milan, da Itália, Lyon, da França, e, agora, West Ham, da Inglaterra.

O professor Tite, porém, sempre viu futuro em Lucas e, ao longo do ciclo de preparação, viu nele um homem de confiança. Em 2018, quando ainda despontava no Brasil, apareceu na lista de suplentes para o Mundial da Rússia. Depois, esteve presente em toda a caminhada até o Catar. Uma trajetória digna que honra um passado próximo da Seleção. Quando criança, Lucas se habituou ao papel de torcedor responsável por enfeitar ruas da Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, assim como tantos outros pequenos brasileiros com o sonho de chegar a uma Copa do Mundo.

“O jogo era no dia seguinte e a gente começava pintando, pendurando bandeirinha, comprando corneta. Então, a gente se preparava realmente para esse show, que era ver a Seleção jogar. E, no dia seguinte, a gente estava lá. Às vezes, acordava de madrugada para assistir aos jogos, torcer muito. Não só com as vitórias, mas também com as derrotas, a gente estava lá, apoiando, porque isso faz parte da nossa cultura”, ressaltou, em entrevista à BetWay.

As experiências enquanto torcedor, inclusive, serviram para reforçar a relação de Lucas com o desafio dos tempos atuais. No Catar, ele jogará sabendo bem o significado de entrar em campo vestindo a camisa da Seleção pentacampeã mundial. “Eu acho que a Copa do Mundo é sinônimo de felicidade para a gente, de emoção, de união. É onde o povo se encontra, se reúne para assistir ao Brasil jogar, para comemorar, para apoiar. Então, eu me sinto privilegiado de estar fazendo parte disso. Eu estive do outro lado. Torci, pintei rua, acordei cedo, de madrugada, para ver jogo. Eu sei o quanto é importante para todos eles e fico grato também pelo apoio e o carinho deles”, complementou.

Para Lucas Paquetá, nunca existiram limites em qualquer setor do campo. Ressaltando no gramado uma característica tipicamente brasileira, o jogador se reinventou onde foi preciso, sempre com a meta de evoluir pessoal e profissionalmente. Agora, chegou a hora de colher os frutos de toda a polivalência nos gloriosos palcos do principal evento esportivo do planeta: a Copa do Mundo.
 
Ilustração do Lucas Paquetá
(foto: Kleber)
 
Paquetá
  • Nome: Lucas Tolentino Coelho de Lima
  • Nascimento: 27/8/1997
  • Local: Rio de Janeiro (RJ)
  • Posição: meio-campista
  • Número da camisa: 7
  • Clube: West Ham (ING)
  • Estreia na Seleção: 8/9/2018 – Brasil 2 x 0 Estados Unidos – Amistoso
  • Minutos em campo: 1.956
  • Convocações: 44
  • Jogos: 35
  • Primeiro gol: 23/3/2019 – Brasil 1 x 1 Panamá
  • Participações em Copas: estreante
  • Principais títulos: Copa América (2019)

Mineiro vai ao Catar para se reencontrar
Na Copa do Mundo, Fred terá uma provação em meio a um momento dúbio enfrentado na carreira. No Manchester United, da Inglaterra, o jogador perdeu a posição de titular no início da temporada 2022/2023. Mesmo sem atuar tanto nos meses que antecederam o chamado para o Catar, o volante seguiu na lista de prediletos do técnico Tite e garantiu a vaga para disputar a segunda edição do torneio na carreira.

Mesmo convocado na edição de 2018, o volante foi para a Rússia meramente a passeio. Também com o comando de Tite, não chegou a entrar em nenhum dos cinco jogos da campanha, interrompida nas quartas de final com a derrota para a Bélgica.

No Catar, apesar de estar atravessando o melhor momento no seu clube, Fred quer se provar. Inicialmente, o volante mineiro de Belo Horizonte começa a trajetória no banco de reservas. Mesmo assim, vê a experiência como primordial para reencontrar o caminho e ser importante na Copa.
 
Ilustração do Fred
(foto: Kleber)
 
Fred
  • Nome: Frederico Rodrigues de Paula Santos
  • Nascimento: 5/3/1993
  • Local: Belo Horizonte
  • Posição: volante
  • Número da camisa: 8
  • Clube: Manchester United (ING)
  • Estreia na Seleção: 12/11/2014 – Brasil 4 x 0 Turquia – Amistoso
  • Minutos em campo: 1.752
  • Convocações: 47 (28 jogos)
  • Participações em Copas: 2 (2018 e 2022)
  • Principais títulos: Campeonato Ucraniano (2014, 2017 e 2018) e Taça da Ucrânia (2016, 2017 e 2018)

Carta na manga do treinador
Raros são os jogadores que caem no gosto dos treinadores em tão pouco tempo, como Bruno Guimarães. A presença do volante entre os 26 escolhidos para a caça ao hexacampeonato no Catar foi confirmada após oito partidas pelo esquadrão verde-amarelo. Número baixíssimo comparado às outras peças do comandante Tite.

A excelente passagem pelo Athletico-PR, com o título da Copa Sul-Americana em 2018, despertou o interesse do futebol europeu. Em 2019, arrumou as malas para o Lyon, e mostrou qualidade para defender a Seleção Brasileira. A primeira convocação veio em 2020 e a estreia foi contra o Uruguai. Jogou apenas um minuto, mas não comprometeu e cavou um lugar entre os preferidos do dono da prancheta verde-amarela. Valorizado, trocou a França pela Inglaterra ao assinar contrato com o Newcastle. Hoje, Bruno Guimarães desembarca no Catar com o status de coadjuvante. Porém, no íntimo, sabe que é um dos coringas de Tite para surpreender.
 
Ilustração do Bruno Guimarães
(foto: Kleber)
 
Bruno Guimarães
  • Nome: Bruno Guimarães Rodrigues Moura 
  • Nascimento: 16/11/1997
  • Local: Rio de Janeiro (RJ)
  • Posição: meio-campista
  • Número da camisa: 17
  • Clube: Newcastle (ING)
  • Estreia na Seleção: 18/11/2020 – Uruguai 0 x 2 Brasil – Eliminatórias
  • Minutos em campo: 187
  • Convocações: 14 (8 jogos)
  • Primeiro gol: 30/3/2022 – Bolívia 0 x 4 Brasil – Eliminatórias
  • Participações em Copas: estreante
  • Principais títulos: ouro nos Jogos Olímpicos (2020), Copa do Brasil (2019) e Copa Sul-Americana (2018)
 
 

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