Steve Jobs provoca e esquenta briga com concorrentes ao lançar nova versão do iPad

Mais uma vez a Apple mostrou que não está para brincadeira e que não quer dar chances aos adversários. Na semana passada, apresentando um Steve Jobs abatido devido à doença que tem há anos, mas carregando o carisma de sempre, a empresa da maçã fez com todas as pompas o lançamento da última versão do tablet mais famoso do mercado: o iPad 2. Em novo design mais leve e fino e em duas versões de cores, o equipamento ganhou câmeras saída HDMI. Marcado para chegar às lojas norte-americanas amanhã, como também em 25 países da Europa, México, Canadá e Japão, mais uma vez o Brasil vai ficar à margem da história, uma vez que não existe nem previsão da sua chegada por aqui.

E a Apple precisa ficar de olho mesmo na concorrência e não perder de vista seu foco em inovações. Afinal, a CeBit 2011, consederada a maior feira de tecnologia do mundo, encerrada sábado, na Alemanha, deixou claro que os consumidores finais estão atrás é de tecnologias mais palpáveis. Diante disso, quem acabou brilhando mesmo na feira, diante de tantas outras atrações, foram os tablets, mesmo os lançamentos ficando muitas vezes expostos de forma fragmentada nos estandes das operadoras e não nos dos próprios fabricantes.

Durante o evento de apresentação do novo xodozinho dos applemaníacos, Steve Jobs definiu 2011 como “o ano do iPad 2 e não o das cópias”. Pode até ser, mas com certeza terá diante de si uma legião de companhias, pois, como a feira mostrou, os tablets serão as estrelas maiores do grande teatro da tecnologia, deixando para trás com certa facilidade os desktops, notebooks e e-readers.

Por isso, as mudanças e acréscimo de funções ao seu tablet, muitas delas reclamadas pelos usuários desde o lançamento da primeira versão, se fizeram estritamente necessárias para que a grande diferença de preferência existente entre o iPad e a concorrência não diminua muito. O Ipad 2, portanto, trouxe alterações significativas em relação ao modelo original, como um giroscópio e câmera para videoconferência, além de variar na cor.

Competição
A nova versão vai ajudar a diminuir a desvantagem que a Apple vinha encontrando, em termos de hardware, para competir com os principais lançamentos equipados com Android que chegaram nos últimos tempos ao mercado por meio de competidores como Motorola, Samsung, BlackBerry e HTC. Como era esperado, o novo iPad terá, além das duas câmeras, chip de dois núcleos de processamento, como já ocorre com o iPhone 4 e com os competidores diretos do primeiro iPad, como o Samsung Galaxy Tab.

Mesmo com as atualizações de hardware e maior poder de processamento, a empresa continua prometendo autonomia de 10 horas da bateria, com o tablet em uso contínuo, e de um mês, em stand-by. Os preços do iPad 2 no mercado americano repetem os preços de estreia da primeira versão. As versões apenas com Wi-Fi custarão US$499, US$599 e US$699 para os modelos de 16GB, 32GB e 64GB respectivamente. Já as versões com 3G custarão US$629, US$729 e US$829.

Além de não haver previsão de lançamento por aqui, também não foi dado nem sinal dos valores. Mas, pelo menos para amenizar um pouco, a Apple brasileira anunciou que vai diminuir o preço da primeira geração, que custava R$ 1.650 e vai passar para R$ 1.400.


Características do iPad 2
Retina Display
>> Tela usada no iPhone 4 ainda não equipa
a nova versão do tablet

Bateria
>> Continua, segundo a Apple, aguentando
até 10 horas de uso contínuo

Câmeras
>> Agora são duas, uma frontal (VGA par
filmar em HD) e outra traseira

Sistema
>> Nova versão vem com plataforma iOS
atualizada para a versão 4.3

Tela
>> Display segue com 9,7 polegadas e iluminação LED

HDMI
>> Não tem entrada HDMI, mas conta com adaptador que permite a conexão

Espessura
>> O iPad 2 está 33% mais fino (8,8mm) e 15% mais leve (pesa agora 603 gramas)

Processador
>> O novo processador A5 de 1GHz é um dual core, que em testes já se mostrou mais rápido

Capa
>> Conta agora com uma capa que, ao ser retirada, automaticamente liga o aparelho