O simples uso do capacete pode evitar complicações caso ocorra um acidente de moto. Usar equipamentos adequados quando se praticam esportes também pode reduzir as chances de um trauma. Muitas pessoas acabam batendo a cabeça em pedras quando mergulham em locais desconhecidos. “É importante conhecer o local onde irá fazer o mergulho. Antes de pular, é necessário avaliar a profundidade em lagos e cachoeiras”, ensina.
Dependendo da intensidade do trauma, as sequelas podem ser irreversíveis. O cérebro é responsável por todas as funções involuntárias – respiração, batimentos do coração, manutenção da temperatura e da pressão arterial e também por funções voluntárias, como caminhar, falar, sorrir, entre outras. Por essa razão, um trauma pode atingir qualquer uma das áreas, deixando sequelas.
COMA
Quando as pancadas são localizadas no córtex, a pessoa não costuma entrar em coma. Somente as pancadas difusas nessa região e as que atingem o tronco cerebral levam a esse estado de falta de consciência. “O coma é um sono do qual a pessoa não consegue acordar, mesmo diante de estímulos como luz e beliscões”, informa o neurologista.
Os traumas podem ser tratados clinicamente, com procedimentos não invasivos e uso de medicamentos. Em alguns casos, no entanto, é necessária a neurocirurgia. A intervenção cirúrgica, nesses casos, tem como objetivo retirar os hematomas intracranianos, uma vez que as lesões no cérebro podem levar a comas profundos e até a morte. Os hematomas podem ser de três tipos: o extradural, quando ocorre entre o osso e a dura-máter; o subdural, cuja localização fica abaixo dessa membrana; e o intracerebral, em casos dentro da massa cerebral.