O script do game, que conta a história de um grupo de astronautas em uma missão à Lua, foi pensado pelo coordenador João Victor Gomide. A proposta conta ainda com a colaboração do desenvolvedor David Lunardi Flam e do coordenador do Núcleo de Processamento Digital de Imagens da UFMG, professor Arnaldo de Albuquerque. O joguinho, em princípio, estará disponível na Apple Store a partir de julho de 2012.
Desafio
A técnica mais utilizada atualmente consiste na utilização de marcadores, posicionados nas articulações da pessoa, para capturar os movimentos. Essa captação pode ser feita por três métodos: mapeamento do campo magnético, por inércia ou por câmeras. No caso do OpenMocap (veja quadro na página 3), o processo utilizado é o de câmeras, por garantir mais liberdade para o movimento. Os marcadores são responsáveis por determinar a orientação de uma junção e distinção entre direita e esquerda. Quanto mais pontos, mais detalhamento e realismo. Mas o número deles depende da capacidade de processamento do computador.
Gomide conta que há dez anos estuda efeitos visuais, mas foi em 2007 que ele começou a desenvolver o software. O maior desafio, segundo ele, foi escolher a linguagem de programação. “Fizemos um programa modular, por etapas. Dessa forma, será mais fácil para que os desenvolvedores voluntários criem a partir do que já oferecemos”, explica o coordenador sobre o programa. Os desenvolvedores do OpenMocap já têm em andamento projeto de uma peça teatral com o Giramundo Teatro de Bonecos e um curta-metragem com o grupo de teatro Galpão. Além do projeto do OpenMocap, pesquisas de biomecânica para o aperfeiçoamento de esportistas e músicos e até o emprego do recurso em casos de reabilitação física são algumas das recentes experiências na área.