O coordenador do Núcleo de Inovações Tecnológicas e Propriedade Intelectual, da Gerência de Ensino e Pesquisa da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), Flávio Diniz Capanema, é um dos autores da pesquisa intitulada “Água de Ferro”, publicada em dezembro do último ano na revista científica Food and Nutrition Bulletin, da Universidade das Nações Unidas. A pesquisa comprovou a eficácia da fortificação da água, com acréscimo de ferro e vitamina C, para redução da anemia e incremento nutricional em crianças com idade entre seis meses e seis anos, atendidas em creches de Belo Horizonte.
De um total de cerca de 3 mil crianças que beberam a água, foram avaliadas 318, que tiveram o sangue analisado cinco meses antes e depois do consumo da água fortificada. Para assegurar que as crianças consumissem a mistura, os bebedouros convencionais foram substituídos por filtros com a água fortificada. O líquido também foi usado para preparar as refeições. De acordo com o pesquisador, a água não possui efeitos colaterais importantes.
A relação custo-benefício é um dos grandes atrativos do projeto Água de Ferro. “O custo é muito baixo, a efetividade é muito alta e a administração é simples”, afirma Flávio Capanema. Com poucos recursos, é possível evitar que crianças desenvolvam doenças graves, com sequelas irreversíveis, visto que a deficiência de ferro pode acarretar danos mentais, retardar o crescimento e diminuir a resistência do organismo.
A prevalência de anemia caiu significativamente de 29,3%, antes da fortificação da água, para 7,9% ao final do estudo, com um expressivo aumento dos níveis de hemoglobina. Foi também observada redução dos índices de prevalência de déficit no crescimento e baixo peso.
Fortificação é o método mais efetivo
Análises recentes revelam que a anemia é um sério problema de saúde pública no Brasil, afetando 53% das crianças abaixo de 5 anos de idade. Devido a essa alta incidência, a fortificação dos alimentos com ferro é considerada o mais efetivo método para combater a anemia.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda como medidas básicas para a prevenção e controle da anemia, a educação nutricional voltada para o aumento do consumo de alimentos ricos em ferro, programas para o controle de doenças parasitárias, adoção de suplementos alimentares e o enriquecimento de alimentos com ferro.
Reconhecimento
A pesquisa foi realizada em 2005/2006 e ganhou o reconhecimento do meio acadêmico e do poder público, tendo conquistado o primeiro lugar no 1º Encontro Latino-Americano de Alimentos Enriquecidos com Ferro e o VII Seminário Estadual do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional em Atenção Básica, realizados em 2008, em Belo Horizonte. A publicação recente na revista internacional reforça o reconhecimento da relevância do trabalho. A pesquisa teve apoio financeiro da Fapemig e da Eletrobrás/Centrais Elétricas de Furnas.
De um total de cerca de 3 mil crianças que beberam a água, foram avaliadas 318, que tiveram o sangue analisado cinco meses antes e depois do consumo da água fortificada. Para assegurar que as crianças consumissem a mistura, os bebedouros convencionais foram substituídos por filtros com a água fortificada. O líquido também foi usado para preparar as refeições. De acordo com o pesquisador, a água não possui efeitos colaterais importantes.
A relação custo-benefício é um dos grandes atrativos do projeto Água de Ferro. “O custo é muito baixo, a efetividade é muito alta e a administração é simples”, afirma Flávio Capanema. Com poucos recursos, é possível evitar que crianças desenvolvam doenças graves, com sequelas irreversíveis, visto que a deficiência de ferro pode acarretar danos mentais, retardar o crescimento e diminuir a resistência do organismo.
A prevalência de anemia caiu significativamente de 29,3%, antes da fortificação da água, para 7,9% ao final do estudo, com um expressivo aumento dos níveis de hemoglobina. Foi também observada redução dos índices de prevalência de déficit no crescimento e baixo peso.
Fortificação é o método mais efetivo
Análises recentes revelam que a anemia é um sério problema de saúde pública no Brasil, afetando 53% das crianças abaixo de 5 anos de idade. Devido a essa alta incidência, a fortificação dos alimentos com ferro é considerada o mais efetivo método para combater a anemia.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda como medidas básicas para a prevenção e controle da anemia, a educação nutricional voltada para o aumento do consumo de alimentos ricos em ferro, programas para o controle de doenças parasitárias, adoção de suplementos alimentares e o enriquecimento de alimentos com ferro.
Reconhecimento
A pesquisa foi realizada em 2005/2006 e ganhou o reconhecimento do meio acadêmico e do poder público, tendo conquistado o primeiro lugar no 1º Encontro Latino-Americano de Alimentos Enriquecidos com Ferro e o VII Seminário Estadual do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional em Atenção Básica, realizados em 2008, em Belo Horizonte. A publicação recente na revista internacional reforça o reconhecimento da relevância do trabalho. A pesquisa teve apoio financeiro da Fapemig e da Eletrobrás/Centrais Elétricas de Furnas.