Jornal Estado de Minas

Fundador do Megaupload critica acusações americanas

AFP

- Foto: REUTERS/Simon Watts 

WELLINGTON - O fundador do site Megaupload, Kim Schmitz, conhecido como 'Kim Dotcom', indiciado por fraude e violação dos direitos autorais, acusou as autoridades dos Estados Unidos de terem montado um caso "enganoso e mal-intencionado" contra ele, e garantiu que não vencerão o processo judicial.

Liberado após o pagamento de fiança na semana passada na Nova Zelândia depois de passar um mês detido, Kim Dotcom demonstrou confiança e disse que vai desmontar as acusações apresentadas contra ele pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos e do FBI.

"Para cada e-mail da acusação deles, tenho outros 100 que os desautorizam", disse Kim Dotcom ao jornal New Zealand Herald em sua primeira entrevista desde que deixou a prisão.

A justiça americana acusa os diretores do Megaupload de terem obtido US$ 175 milhões com atividades criminosas. Além disso, afirmam que o site provocou um prejuízo 500 milhões de dólares aos proprietários de direitos autorais com cópias piratas de filmes, programas de televisão e outros conteúdos.

Criado em 2005 e com sede em Hong Kong, o site Megaupload, que presumia ter 50 milhões de usuários por dia, foi fechado em 19 de janeiro por ordem da justiça americana.

Mas Kim Schmitz, um alemão de 38 anos, afirma que as acusações ignoram as provas que mostra que ele tentou pessoalmente impedir os piratas de acessar o Megaupload, e que tinha uma equipe de 20 pessoas encarregadas de retirar do site os conteúdos pirateados.

"Como podem selecionar (a informação) de uma forma tão enganosa e mal-intencionada?", questionou na entrevista.

"Eu, sentado na minha cela, dizia, Por quê estão fazendo isto? Não podem ganhar", completou o empresário.

O pedido de extradição apresentado pelos Estados Unidos será examinado em 20 de agosto.

As autoridades americanas afirmaram que pedirão a pena máxima de 20 anos de prisão, no caso de processo nos Estados Unidos.