Três espécies de morcegos que nunca haviam sido encontrados em Juiz de Fora foram descobertos no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), situado na Mata do Krambeck, na Zona Norte da cidade. Esta é uma das descobertas dos professores Pedro Henrique Nobre e Fátima Salimena, ambos do Programa de Pós-Graduação em Ecologia (Pgecol) da Universidade. Juntos, eles chegaram a conclusões relevantes sobre a fauna e a flora do jardim e apresentaram, no final de junho, no 49º Encontro Anual da ATBC (siga em inglês para Association for Tropical Biology and Conservation), ocorrido em Bonito (MS).
“Os morcegos são uma das espécies mais importantes para a reconstrução de florestas desmatadas. Muitos se alimentam de frutas e, por isso, são excelentes dispersores de sementes”, conta o professor Pedro Nobre, do Departamento de Ciências Naturais do Colégio de Aplicação João XXIII. Segundo ele, há 70 anos a Mata do Krambeck vem se regenerando naturalmente, sendo a área anteriormente dominada por plantações de café. O papel das espécies animais como reflorestadoras naturais, nesse caso, foi fundamental para que hoje, no mesmo lugar, haja uma floresta urbana.
O trabalho do professor é meticuloso. Ele vai a campo, instala as redes em pontos estratégicos da floresta e captura espécies que serão estudadas em laboratório. Desde o início do trabalho até a apresentação no encontro da ATBC haviam sido capturados 152 animais pertencentes a três famílias e 14 espécies diferentes, sendo que três dessas espécies nunca tinham sido encontradas no município. No entanto, Nobre ressalta que o mais importante é descobrir os hábitos alimentares dos animais. “Quero saber que sementes são consumidas, já que os morcegos são os principais transportadores de sementes para ambientes degradados.”
Ecossistema
A professora Fátima Salimena e a pós-graduanda em Ecologia Camila Neves Silva passaram o último ano estudando a flora do Jardim Botânico da UFJF e coletaram informações importantes sobre o ecossistema da Zona da Mata mineira. Segundo a pós-graduanda, na região de Juiz de Fora as florestas são semideciduais, ou seja, possuem vegetação marcada pela queda das folhas de algumas espécies em períodos frios e secos, como no inverno. No Jardim Botânico, porém, foram encontradas espécies típicas de regiões nas quais a umidade é perene, semelhantes às das florestas ombrófilas do Estado do Rio de Janeiro. “Nós, agora, buscamos compreender esta diferença, o que pode mudar alguns conceitos sobre a classificação da vegetação da nossa região.”
Fátima e Nobre continuarão suas pesquisas sobre a fauna e a flora do Jardim Botânico e pretendem participar do próximo encontro da ATBC, entre 23 e 27 de junho de 2013, na cidade de San José, na Costa Rica, com novos dados sobre a área.
A ATBC é uma associação com enfoque no conhecimento e na conservação da biodiversidade de ecossistemas tropicais que realiza o encontro anualmente, sempre sediado em países de bioma tropical. No encontro realizado em Bonito foram discutidas diversas questões envolvendo a preservação de áreas tropicais, desde a conservação da flora até a importância da fauna na regeneração de florestas.
Com informações da UFJF.
“Os morcegos são uma das espécies mais importantes para a reconstrução de florestas desmatadas. Muitos se alimentam de frutas e, por isso, são excelentes dispersores de sementes”, conta o professor Pedro Nobre, do Departamento de Ciências Naturais do Colégio de Aplicação João XXIII. Segundo ele, há 70 anos a Mata do Krambeck vem se regenerando naturalmente, sendo a área anteriormente dominada por plantações de café. O papel das espécies animais como reflorestadoras naturais, nesse caso, foi fundamental para que hoje, no mesmo lugar, haja uma floresta urbana.
O trabalho do professor é meticuloso. Ele vai a campo, instala as redes em pontos estratégicos da floresta e captura espécies que serão estudadas em laboratório. Desde o início do trabalho até a apresentação no encontro da ATBC haviam sido capturados 152 animais pertencentes a três famílias e 14 espécies diferentes, sendo que três dessas espécies nunca tinham sido encontradas no município. No entanto, Nobre ressalta que o mais importante é descobrir os hábitos alimentares dos animais. “Quero saber que sementes são consumidas, já que os morcegos são os principais transportadores de sementes para ambientes degradados.”
Ecossistema
A professora Fátima Salimena e a pós-graduanda em Ecologia Camila Neves Silva passaram o último ano estudando a flora do Jardim Botânico da UFJF e coletaram informações importantes sobre o ecossistema da Zona da Mata mineira. Segundo a pós-graduanda, na região de Juiz de Fora as florestas são semideciduais, ou seja, possuem vegetação marcada pela queda das folhas de algumas espécies em períodos frios e secos, como no inverno. No Jardim Botânico, porém, foram encontradas espécies típicas de regiões nas quais a umidade é perene, semelhantes às das florestas ombrófilas do Estado do Rio de Janeiro. “Nós, agora, buscamos compreender esta diferença, o que pode mudar alguns conceitos sobre a classificação da vegetação da nossa região.”
Fátima e Nobre continuarão suas pesquisas sobre a fauna e a flora do Jardim Botânico e pretendem participar do próximo encontro da ATBC, entre 23 e 27 de junho de 2013, na cidade de San José, na Costa Rica, com novos dados sobre a área.
A ATBC é uma associação com enfoque no conhecimento e na conservação da biodiversidade de ecossistemas tropicais que realiza o encontro anualmente, sempre sediado em países de bioma tropical. No encontro realizado em Bonito foram discutidas diversas questões envolvendo a preservação de áreas tropicais, desde a conservação da flora até a importância da fauna na regeneração de florestas.
Com informações da UFJF.