Conversas suspeitas podem até comprovar alguma traição, mas para a juíza Berenice Capuxu, titular da 3ª Vara da Família, só existe traição se houver sentimento envolvido após o contato no Facebook ou em qualquer outra rede virtual no mundo real. "Eu só entendo que há traição virtual se houver comprometimento dos sentimentos daquela pessoa. Até que ponto ele se comprometeu com a pessoa que está do outro lado do computador. Se houver um despojamento de sentimentos, aí sim houve traição. O parceiro descumpriu um dos deveres do casamento, que é a fidelidade", argumentou Berenice.
A prova de que existe ou não a traição no mundo virtual é muito subjetiva, opina a magistrada. "Cada um dos parceiros é quem vai dizer a relação que aquele relacionamento virtual está tomando. Quem está por fora é difícil entender se houve ou não uma traição naquele contato". Diz Berenice Capuxu: "É importante para o parceiro saber que está sendo traído, que não é mais amado, que não é mais querido. Isso vai ajudá-lo a decidir sobre o divórcio, mas para se divorciar não é preciso haver provas".
Berenice lembra ainda que a traição virtual não é nova. "Antes já existia o bate-papo por telefone. Muitas pessoas se comunicavam assim, nos serviços de amizade e tele-sexo. Isso não é novo. Antes do computador já havia o telefone". Por mês, uma média de 80 audiências são feitas na 3ª Vara pela juíza Berenice Capuxu, e pelo menos metade delas se refere a divórcios.
"Normalmente não consta na petição inicial que o motivo é esse do Facebook ou de outras mídias sociais. Aqui não chegou nenhuma, mas os casais alegam às vezes, durante a audiência. Isso ocorre porque, normalmente, quando a relação já está desgastada é que o parceiro procura se relacionar com outras pessoas. Ou seja, a internet é apenas um meio", esclarece.
A prova de que existe ou não a traição no mundo virtual é muito subjetiva, opina a magistrada. "Cada um dos parceiros é quem vai dizer a relação que aquele relacionamento virtual está tomando. Quem está por fora é difícil entender se houve ou não uma traição naquele contato". Diz Berenice Capuxu: "É importante para o parceiro saber que está sendo traído, que não é mais amado, que não é mais querido. Isso vai ajudá-lo a decidir sobre o divórcio, mas para se divorciar não é preciso haver provas".
Berenice lembra ainda que a traição virtual não é nova. "Antes já existia o bate-papo por telefone. Muitas pessoas se comunicavam assim, nos serviços de amizade e tele-sexo. Isso não é novo. Antes do computador já havia o telefone". Por mês, uma média de 80 audiências são feitas na 3ª Vara pela juíza Berenice Capuxu, e pelo menos metade delas se refere a divórcios.
"Normalmente não consta na petição inicial que o motivo é esse do Facebook ou de outras mídias sociais. Aqui não chegou nenhuma, mas os casais alegam às vezes, durante a audiência. Isso ocorre porque, normalmente, quando a relação já está desgastada é que o parceiro procura se relacionar com outras pessoas. Ou seja, a internet é apenas um meio", esclarece.