PEQUIM - O satélite de observação "Francisco de Miranda", o segundo que a Venezuela desenvolveu em cooperação com a China, foi lançado no último sábado com sucesso no centro espacial de Jiuquan, localizado no deserto de Gobi, na província chinesa de Gansu.
"O lançamento foi um absoluto sucsso , informou Manuel Fernández, vice-ministro das Telecomunicações do ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O lançamento de satélite, que aconteceu a nove dias das eleições presidenciais da Venezuela, foi apresentado como mais um passo para a soberania e independência tecnológica do país.
O programa do satélite Miranda faz parte do acordo de cooperação espacial China-Venezuela.
O primeiro projeto, o satélite Simón Bolívar, lançado em 2008, representou um investimento de 406 milhões de dólares, que incluiu o custo da construção da Base Aeroespacial Manuel Ríos Bamari.
O segundo projeto consiste na construção, desenvolvimento e montagem da primeira fábrica venezuelana de satélites pequenos de Borburata (estado de Carabobo), que será inaugurada em 2013.
O satélite Miranda - denominado formalmente VRSS-1, por suas sigla em inglês Venezuela Remote Sensing Satellite - teve um custo de 140 milhões de dólares.
O "Francisco de Miranda" - nome de um dos herois da independência venezuelana - conta com quatro câmeras e tem capacidade de tirar até 350 imagens por dia, que permitirão uma visualização da superfície terrestre a até uma distância de 2,5 metros.
As imagens serão usadas para a detecção de áreas petroleiras, a monitorização da biodiversidade e de recursos naturais disponíveis, além do planejamento urbano e agrícola e determinação de área afetadas por desastres naturais.