Jornal Estado de Minas

Telas modernas, mas ainda frágeis: garantia não cobre maior parte dos acidentes

Equipamentos robustos e com uma gama variada de funções. Esse é apenas um dos grandes avanços proporcionados pelo atual cenário tecnológico. Desde a invenção do telefone celular, esses aparelhos tiveram grande evolução, com desenhos e operações cada vez mais avançados. As telas dos dispositivos também evoluíram com o passar dos anos, com resposta ao toque, apresentação de cores e imagens com melhor nitidez e resolução, além de serem ecologicamente corretas.
Entretanto, esse tipo de componente ainda continua suscetível a acidentes, principalmente pelo descuido dos proprietários. Os danos costumam variar, desde pequenos arranhões até displays trincados ou quebrados, comprometendo ou impossibilitando totalmente a operação do equipamento. Depois do acidente, a pergunta: há solução? Para as principais fabricantes do segmento, como a Apple e a Samsung, a regra é clara: a garantia não cobre casos dessa natureza.

A fabricante do iPhone, por exemplo, diz aos clientes que a garantia não abrange danos causados por quedas ou derramamentos de líquidos. “Para o Brasil, a Apple não conta com a cobertura da garantia aos aparelhos que sofrem esse tipo de acidente e não oferece reparos”, afirma Pedro Heron Barbosa, do Serviço de Atendimento ao Cliente da empresa. Barbosa diz ainda que o componente, por ser de extrema importância para o iPhone, acaba se tornando caro para troca, podendo custar o preço de um novo aparelho.

Que o diga Bruno Moura. O profissional de comunicação, de 23 anos, passou por uma situação semelhante com o seu iPhone. A tela do aparelho trincou. “Como a garantia não cobre casos como esse, continuo a usá-lo normalmente”, afirma.

PROTEÇÃO Para evitar transtornos e dores de cabeça com despesas decorrentes de acidentes com os aparelhos, recomenda-se alguns cuidados básicos no seu manuseio. O emprego de capas próprias para tablets ou smartphones não garante que o aparelho fique imune a danos, mas minimiza sensivelmente acidentes dessa natureza. A composição desses produtos ajuda a amortecer os impactos, diminuindo assim a chance de ter uma tela arranhada ou trincada.

Outro componente interessante são as películas protetoras. Vale lembrar que, de acordo com o tipo de proteção necessária, o usuário deve estar preparado para pagar um valor mais alto. Produtos desse tipo, que protegem contra riscos e arranhões, podem custar entre R$ 60 e R$ 100.

Os que gostam de usar o telefone no bolso também devem ter todo cuidado. A dica é colocar o aparelho com a tela voltada para a coxa, de forma a amenizar danos ao display decorrentes de impactos contra mesas. O perigo maior é para quem guarda o smartphone no bolso de trás. Nesse caso, ele fica submetido a pressão, o que pode causar quebras.