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Estado de Minas

Colecionador sonha em montar museu com televisores antigos


postado em 14/02/2013 00:12 / atualizado em 14/02/2013 08:07

Alceu Massini começou com um modelo Invictus 1956 que pertenceu aos avôs(foto: Arquivo Pessoal)
Alceu Massini começou com um modelo Invictus 1956 que pertenceu aos avôs (foto: Arquivo Pessoal)

Se as modernas e inteligentes TVs são sonho de consumo de muitos brasileiros, para o paulista Alceu Massini, autodidata em eletrônica, os modelos antigos é que são objeto de paixão. Com um acervo composto por mais 1 mil unidades, a ideia de colecionar surgiu em 1982, quando encontrou um aparelho dos anos 50 que havia pertencido aos avós. “Era uma Invictus de 1956, que tinha ficado abandonada em um quartinho desde os anos 1960. Procurei vários técnicos para restaurá-la, mas ninguém queria pegar o serviço, pois a consideravam obsoleta e sem peças no mercado para recuperá-la”, conta.

Foi aí que ele resolveu virar autodidata em eletrônica. Comprou livros antigos e estudou muito para “ressuscitar” a TV. “Minha obsessão era conseguir rodar vídeos de programações antigas naquele televisor dos anos 1950. Ficava me imaginando assistindo aos Três Patetas e outras séries antigas no aparelho. Seria como resgatar a minha infância”, diz o colecionador.

NA INTERNET
O acervo reúne modelos que vão desde 1948 até o fim dos anos 1990. Depois disso, segundo Massini, o televisor entrou numa nova era, muito melhor tecnologicamente, porém nada parecida em design com o que foi no passado. Sua coleção não está disponível para visitação pública devido à falta de infraestrutura, mas pode ser conhecida pela internet (www.televisoresantigos.com.br). “Espero que algum dia ela se torne parte de um museu público de telecomunicações”, revela.

Para ele a maior evolução mundial foi a do computador pessoal, “que não deixa de ser um derivado da própria televisão e que, com a internet, se transformou na primeira TV interativa de verdade.” Já quanto à verdadeira tecnologia interna da TV, ele afirma que os aparelhos só deixaram de ser de válvula no começo deste século – o tubo de imagem foi a última válvula a ser abolida. “A TV começou com uma média de 15 a 20 válvulas e terminou sem nenhuma, com as tecnologias plasma e LCD”, informa. Para ele, o surgimento da televisão colorida no Brasil, nos anos 1970, teve um impacto muito maior do que a TV digital. “Essa introdução no país foi incompleta e começou sem qualquer tipo de interatividade.”

EVOLUÇÃO

A televisão no Brasil começou a criar sua história nos anos 1950. Eram aparelhos caros e de poucas polegadas: TVs de cinescópios redondos de 7”, 10”, 12” e 16”. Já em 1951, com o avanço tecnológico, os tubos passaram a ser retangulares, com dimensões de 17” e 21”. Nos anos 1960 os equipamentos ganharam glamur e ficaram mais populares, com modelos de até 24 polegadas. Na década seguinte, as imagens em cores elevaram os preços, que só começaram a cair nos anos 1980 e 1990, com novos recursos televisivos. A última década foi marcada por grandes evoluções tecnológicas, com o surgimento de telas gigantes, displays finos, tecnologias de ultradefinição e imagens em 3D.


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