A Nasa se mantém atenta a um asteroide de 45 metros de diâmetro que passará perto da Terra nesta sexta-feira, mas sem risco de colisão.
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Meteoritos deixam centenas de feridos e provocam pânico na Rússia Cientistas buscam maneiras de desviar asteróides que ameacem a TerraQuase mil feridos em queda de meteorito na RússiaAsteroide parece não ter relação com meteoro russo"Em média, um asteroide deste tamanho se aproxima tanto da Terra a cada 40 anos e corre o risco de entrar em colisão com nosso planeta a cada 1.200 anos", havia indicado na semana passada Donald Yeomans, diretor do "Near Earth Object" (NEO) do Jet Propulsion Laboratory da Nasa durante uma entrevista coletiva à imprensa por telefone.
Nesta sexta-feira, ele poderá ser visto com um telescópio amador no Leste Europeu, na Austrália e na Ásia, onde será noite. Ele aparecerá como um ponto brilhante se deslocando no céu.
"Este subrevoo oferecerá uma oportunidade única para os cientistas estudarem muito de perto um objeto passando a uma distância tão pequena da Terra", indicou a Nasa em seu site.
A agência espacial ressalta também que "dá a mais alta prioridade ao rastreamento de asteroides passando próximo da órbita terrestre para proteger nosso planeta".
O Goldstone Solar System Radar da Nasa, situado no deserto de Mojave, na Califórnia, acompanhará o asteroide nos dias 16, 18, 19 e 20 de fevereiro.
45 metros de diâmetro
Devido ao tamanho reduzido deste objeto, as imagens obtidas pelo radar serão sem dúvida pequenas, com um máximo de alguns pixels de largura, indica a agência espacial.
O asteroide também será seguido por diversos telescópios no mundo para tentar determinar sua velocidade de rotação em torno de si mesmo e sua composição.
A televisão da Nasa prevê uma transmissão ao vivo comentada da observação feita durante meia hora a partir das 19h00 GMT (17h00 de Brasília) para a passagem mais próxima do objeto prevista para as 19h25 GMT (17h30 de Brasília).
A Nasa fará também uma animação em tempo real do deslocamento e da posição do asteroide em relação à Terra, acompanhada de imagens em tempo real ou quase feitas por observatórios na Austrália e na Europa, se as condições meteorológicas permitirem.
Se este pequeno asteroide de 45 metros de diâmetro caísse na Terra, ele causaria estragos comparáveis aos do asteroide que caiu na Sibéria Central em 1908, em Tunguska, segundo Tim Spahr, do Minor Planet Center da Universidade de Harvard.
Esse astrônomo estima que o choque equivaleria ao impacto de uma bomba de 2,4 megatons, forte o bastante para devastar uma grande área, mas sem ser mundialmente catastrófico.
Segundo algumas estimativas, a onda de choque em Tunguska seria equivalente a várias centenas de vezes à provocada pela bomba de Hiroshima, destruindo a floresta em um raio de 20 quilômetros.
Como comparação, o meteorito responsável pela extinção dos dinossauros, há 66 milhões de anos media dez quilômetros de diâmetro, indicou Tim Spahr. A Nasa já localizou cerca de 95% dos asteroides maiores --de um quilômetro de diâmetro ou mais-- nas proximidades da Terra.
No total, os astrônomos detectaram e catalogaram 9.500 objetos celestes de diferentes tamanhos passando perto da Terra com a ajuda de telescópios e de satélites, o que representa, provavelmente, um décimo do total.
A transmissão da Nasa poderá ser acessada na internet pelo endereço https://www.nasa.gov/ntv, e em https://www.ustream.tv/nasajpl2.