A República Popular da China é o segundo maior mercado da Apple, onde compete ferozmente com a gigante sul-coreana Samsung.
"Percebemos que nossa falta de comunicação externa levou a pensar que a Apple é arrogante e não leva em conta os comentários de seus clientes", escreveu Cook.
Por sua vez, o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Hong Lei, saudou a carta de Cook e declarou que é "completamente normal que a Apple se desculpe perante seus clientes chineses".
O diretor-geral do grupo americano também afirmou que a Apple ainda tem muito o que aprender acerca da maneira de funcionar e de se comunicar na China. Além disso, Cook indicou que a companhia revisará certas cláusulas de garantia consideradas discriminatórias por seus clientes chineses.
No futuro, todas as peças defeituosas dos iPhones 4 e 5 serão substituídas por peças novas, afirma no comunicado.
Os clientes chineses precisavam pagar cerca de 60 euros para substituir a carcaça traseira de seus telefones celulares, enquanto este serviço é gratuito em outros países.
"Sempre tivemos um respeito incomparável à China, e os consumidores chineses sempre foram a nossa prioridade principal", afirmou o diretor da Apple.
Após o pedido de desculpas, a ação da gigante da informática em Wall Street caiu 3,11%, a 428,91 dólares.
"A carta de desculpas da companhia permite melhorar a situação e acalmar as relações entre a Apple e o mercado chinês", considerou em um editorial o jornal chinês Global Times. As declarações do diretor da Apple são uma mostra do "profissionalismo e da flexibilidade" da gigante da informática e merecem respeito, completou.
A empresa californiana foi nos últimos dias alvo de fortes críticas por parte dos meios de comunicação chineses em nome da defesa dos consumidores.