Outra característica apreciada pelos consumidores brasileiros é a câmera fotográfica. E nesse quesito o D3 se sobressai. Com 8MP de resolução, o sistema de lentes e flash, se bem utilizados, possibilita fotos nítidas, mesmo em ambientes com pouca iluminação. O ajuste de foco é muito útil para a captura de detalhes das imagens. Os vídeos gravados com o smartphone não ficam atrás e apresentam boa qualidade.
A tela, de 4 polegadas, apesar de ser um pouco menor que dos modelos topo de linha, não atrapalha a visualização e mantém a qualidade dos modelos anteriores, com cores vivas e excelente resolução. A sensibilidade da tela ao toque também agrada, tornando a navegação confortável e respondendo bem aos comandos desejados.
Em relação à parte exterior, um ponto negativo é o acabamento em plástico, que parece frágil e confere um aspecto de brinquedo ao aparelho. Outro dispositivo que poderia ser melhor é o fone de ouvido, muito simples e pouco anatômico. Quanto ao interior, o processador de dois núcleos de 1,2 GHz roda todos os aplicativos sem problemas. Apenas em algumas vezes, durante jogos mais pesados ou quando há transição de tela, o celular dá leves engasgadas. Mas nada que atrapalhe ou trave o sistema.
Já comum em smartphones, o sistema operacional é o Android 4.1, Jelly Bean, que garante boa navegação e permite algumas personalizações nas telas principal e secundárias. A novidade, segundo a fabricante, é que o sistema poderá ser atualizado quando uma nova edição for lançada, o que deve acontecer ainda este ano.
A quantidade de aplicativos instalados de fábrica é satisfatória, com pacote Office, Gmail, GPS, além de um manual no próprio aparelho, que ajuda quando há pequenas dúvidas sobre o funcionamento do dispositivo. Faltaram apenas algumas redes sociais, o que não chega a ser um problema, pois os downloads são fáceis e, muitas vezes, gratuitos.
Uma ferramenta interessante presente, já apresentada nos modelos anteriores, é a Smart actions. O programa possibilita determinar ações de acordo com gatilhos estabelecidos. Por exemplo, é possível programar o aparelho para entrar em modo silencioso no local de trabalho, desabilitar chamadas de madrugada ou iniciar uma música quando os fones forem conectados, tudo de forma automática. Assim, pode-se personalizar o aparelho de acordo com as necessidades e vontades do dono e até economizar a bateria, aspecto no qual a tecnologia da Motorola é uma das mais avançadas.
Enquanto a maioria dos smartphones precisa ser carregado todo dia – alguns até mais –, o D3 pode ser usado por até dois dias, mesmo com uso razoável do aparelho no período. O modelo ainda conta com o Near Field Communication, NFC, que possibilita a comunicação por proximidade, sem auxílio de internet, entre aparelhos que contenham esse dispositivo. A função é interessante, mas ainda não é considerada um grande atrativo, uma vez que somente os aparelhos mais novos apresentam a tecnologia e só deve se tornar popular nos próximos anos.
Por fim, a avaliação do Razr D3 da Motorola é bastante positiva, por ser completo tanto em suas funções básicas quanto em outras avançadas. E, com um preço acessível, deve ajudar a fabricante a reconquistar consumidores no país.