No Brasil, a triagem neonatal capaz de detectar doenças raras começou há mais de 30 anos. Em 1976, o médico Benjamin Schmidt criou o projeto pioneiro de triagem para fenilcetonúria na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo (Apae-SP). Na coleta de sangue para o exame foi usada a técnica desenvolvida em papel filtro. Dez anos mais tarde, a mesma instituição iniciou outra importante triagem neonatal, dessa vez para o hipotireoidismo congênito. Segundo a Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal, a primeira legislação referente à triagem no Brasil foi publicada em 1985, no Rio de Janeiro, tornando obrigatória a triagem para o hipotireoidismo congênito e para a fenilcetonúria.
A partir de 1º de maio serão incluídos no teste outras duas doenças: a deficiência de biotinidase, que pode levar ao déficit mental; e a hiperplasia adrenal congênita, doença que faz com que a criança tenha deficiência de alguns hormônios e um exagero na produção de outros, o que pode, inclusive, levá-la à morte.