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Estado de Minas

Gears of war: Judgment está sob nova direção. Leia a análise

Primeiro título da série sem o criador Cliff Bleszinski traz mudanças substanciais da narrativa aos modos multiplayer. Inteligência artificial do jogo foi aprimorada, o que contribui para ter mais ação


postado em 16/05/2013 06:00 / atualizado em 16/05/2013 13:09

(foto: Microsoft/Divulgação)
(foto: Microsoft/Divulgação)
Como um jogo pode sobreviver sem o nome mais famoso? Foi o desafio pelo qual Gears of war precisou passar depois que seu criador, Cliff Bleszinski, deixou a Epic Games no ano passado. O sucesso de Gears, que surgiu em 2006 no Xbox 360, fez de Cliffy B., como é chamado, um dos poucos desenvolvedores norte-americanos com status de celebridade. Só a ausência do criador já tornaria Judgment, o mais recente episódio, um jogo diferente.

Aliás, a palavra diferente descreve bem o novo jogo da franquia, que mantém o conhecido padrão de ação-macho-alfa da série, mas o apresenta de outra maneira. Os conhecidos protagonistas Marcus e Dom sequer entram em cena, pois, cronologicamente, Judgment se passa pouco tempo após o Dia da Emergência, a gigantesca invasão dos alienígenas Locust no planeta Sera que desencadeou, muitos anos depois, todos os eventos da trilogia original.

(foto: Microsoft/Divulgação)
(foto: Microsoft/Divulgação)
Quem toma a frente é outra dupla favorita dos fãs: o ranzinza Baird e o agitado Cole, comandantes de um grupo que é julgado por desobedecer às ordens dos superiores. A trama é feita de trás para frente: você joga as missões enquanto elas são recontadas por cada um dos membros do esquadrão. A história não tem o mesmo peso, mas isso é compensado pela dinâmica entre narração e ação. Falando em ação, ela também é consideravelmente diferente em relação aos antecessores. Sem a mão de Bleszinski, a saída encontrada pela Epic Games foi terceirizar: os responsáveis pela tarefa foram os poloneses da People Can Fly, aquela do colorido e extravagante jogo de tiro Bulletstorm. As influências desse game são claras em Judgment, que tem a obsessão por pontuar: caso você derrote os Locusts de maneiras diferentes, ganha estrelas que podem ser trocada por novas armas e roupas para os personagens.

A inteligência artificial do jogo também está mais esperta: tanto para o lado do jogador, com aliados que o revivem com mais rapidez, quanto para o dos Locusts, que agora não estão mais em posições pré-determinadas pelo script do game e podem aparecer de forma imprevisível, adequando-se às suas táticas. Caso você morra e volte ao mesmo local, a ordem de aparição dos oponentes também é alterada.

O novo fluxo da narrativa traz outra novidade interessante: a oportunidade de acessar arquivos confidenciais – consiste nos jogadores falando informações sigilosas de cada missão. As missões desconfidencializadas impõem condições: os inimigos ficam mais fortes, as armas e as munições são limitadas ou o local é encoberto por uma poeira que deixa tudo menos visível. Embora o grau de dificuldade seja maior, o jogo também fica mais variado, fugindo do padrão clássico da série.

(foto: Microsoft/Divulgação)
(foto: Microsoft/Divulgação)
COR

Seja por influência da nova desenvolvedora ou do período histórico em que Judgment se passa, é notável a diferença na arte do jogo em relação aos antecessores. A paleta de cores cinza e marrom, comum a esse e tantos outros games de tiro da atual geração, dá lugar a um mundo muito mais colorido e iluminado. A diferença fica clara no epílogo Aftermath, em que Baird e Cole voltam ao local da missão que os fez serem julgados, vários anos depois. Nela, as fases e os cenários se assemelham mais ao estilo cadenciado dos Gears of war originais.

O multiplayer também é bem diferente de seus antecessores. A mudança mais radical é a ausência do modo Horde, um dos mais conhecidos e aclamados da série. A estrela agora é o Overrun, em que jogadores se revezam entre grupos humanos e os Locusts. No lado dos mocinhos, cada personagem tem uma classe: engenheiros, médicos, snipers etc. Para compensar a falta do Horde, há o Survival, em que você e outras pessoas se defendem de ondas de ataque alienígenas controladas pelo computador.

O restante das modalidades – Domination, Execution e Team Deathmatch – vem dos jogos anteriores, mas com uma diferença: não há alienígenas, apenas humanos contra humanos. Além disso, há um modo de todos contra todos, inédito na série. Apesar da novidade em relação à franquia, a ausência dos Locusts tira um pouco da essência da série e faz o game parecer uma versão em terceira pessoa de Unreal, outro título famoso da Epic Games.

 

(foto: Microsoft/Divulgação)
(foto: Microsoft/Divulgação)
GEARS OF WAR: JUDGMENT
Produção
: Microsoft
Desenvolvimento: Epic Games e People Can Fly
Plataforma: Xbox 360
Número de jogadores: 1 (single-player) até 4 (multiplayer on-line)
Preço: R$ 149
*Não recomendado para menores de 18 anos

Avaliação

Jogabilidade 2,0
Entretenimento 1,5
Gráficos 2,0
Som 1,5
Nota final 7

A nova avaliação do Informática substitui os termos por pontuações. Cada quesito tem um número que pode ir de 0 a 2,5, representada pelo nível das barras. A soma de todos os quesitos leva à nota final, de 0 a 10.


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