Existem quatro versões disponíveis no mercado do Razr D1: dual-chip com TV digital; dual-chip sem TV digital (utilizado no teste do Informátic@); single-chip com TV digital; e single-chip sem TV digital.
O acabamento de plástico é o mesmo visto no D3, o que não confere muita proteção ao aparelho. Com um processador simples, de 1GHz, ele dá conta de rodar a maioria dos aplicativos bem, incluindo jogos, comunicadores (Whatsapp, por exemplo) e leitores de conteúdo (como o Flipboard, que tem forte carga gráfica). Apesar disso, a transição entre telas engasga com certa frequência, tirando um pouco da fluidez do uso.
Novidades interessantes e inteligentes do Google e da Motorla já têm suporte no D1, como o Google Now, que fornece informações úteis para o dia a dia sem a necessidade de o usuário pedi-las (previsão do tempo, tráfego e notícias recentes). Outro exemplo são as Smart Actions, que configuram gatilhos para acionar determinadas configurações. Isso possibilita que o celular entre em modo silencioso automaticamente quando o usuário chega ao trabalho.
Quando se analisa a câmera, porém, percebe-se que houve uma piora em relação ao D3 – entre outros motivos, para que o preço do novo aparelho fosse menor. Com 5 megapixels (contra os 8MP vistos no D3), ela tem a desvantagem de não possuir flash. Além disso, sumiu a câmera frontal, o que não permite, por exemplo, a utilização de videochamadas, recurso cada vez mais popular em aplicativos para smartphones, como o Skype. O foco automático, em compensação, funciona muito bem tanto na hora de fotografar quanto para realização de gravações em vídeo.
Um dos grandes vilões do D1 é a tela. Com 4,3 polegadas, ela pode passar a sensação de “claustrofobia” para os acostumados a aparelhos com displays maiores. Mas esse não é o maior problema. O dispositivo, assim como o D3, o Razr i e o Razr HD, não tem um botão externo para levar o usuário à tela inicial. Nos modelos superiores isso não chega a ser um incômodo, como acontece com o D1, pois as dimensões pequenas acabam deixando o botão de home próximo demais da barra de espaço. Assim, quase sempre que se utiliza o teclado virtual, o usuário acaba esbarrando no home e, sem querer, o aparelho sai da mensagem ou do navegador.
Se a pessoa virar o celular de lado para resolver a situação, vai ver que, dessa vez, é o backspace (a barra de espaço) que fica perto da tecla inicial. Tudo isso torna a experiência de escrever no D1 algo extremamente frustrante, já que é necessário prestar atenção demais na posição do dedo, o que tira a naturalidade da digitação no teclado virtual. A resolução da tela também não é das melhores, mas condiz com a proposta de oferecer dispositivo mais simples.
O Razr D1 não é um dos smartphones mais avançados disponíveis no mercado atual. Contudo, ele dá conta de executar as tarefas essenciais com competência bastante razoável. Junte a isso o preço em conta e ele se torna uma boa alternativa para quem nunca teve um smartphone e gostaria de entrar nesse universo.
X PHONE VEM POR AÍ
A Motorola confirmou que está produzindo, nos Estados Unidos, o X Phone – apelidado assim por ainda não ter um nome definido. Segundo informações da empresa, o aparelho terá como novidades vários sensores de interação, como o de velocidade, que, entre outras funções, poderá impedir que usuários digitem mensagens enquanto dirigem. Segundo Dennis Woodside, CEO da empresa, a companhia está se adequando aos novos tempos.