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Tecnologia é arma de ativistas para organizar e acompanhar manifestaçõesTumblr mostra a incoerência de ativistasBoataria toma conta do Facebook com as manifestações popularesNa verdade, o e-mail tem a ver com uma falha de segurança do site, que expôs números de telefone e endereços de e-mail de aproximadamente 6 milhões de usuários. A rede enviou comunicado para todos os afetados. O White Hat, programa que oferece recompensa a pesquisadores que encontrarem problemas no Facebook, foi responsável por encontrar a falha. A empresa garantiu ter corrigido o problema em menos de 24 horas após tomar conhecimento do fato e não haver evidência de que o bug tenha sido explorado maliciosamente.
Luiz Gabriel se diz preocupado pois é sabido que as redes têm compromisso principal com o lucro e que as políticas de privacidade são bastantes controversas. “Os dados são usados para publicidade e isso já é terrível. Mas a situação se torna inadmissível quando há invasão de privacidade por parte de órgãos governamentais, criando um ambiente de paranoia”, ressalta. Ele acredita que o país está vivendo um momento em que é preciso resguardar a privacidade da troca de informações, uma vez que as redes sociais se transformaram em ferramentas de grande potencial de exercício democrático.
Para Juarez, na maior parte dos casos, como o assunto (manifestações) é muito relevante e todo mundo está falando sobre isso, o site entende como spam e deleta posts por considerá-los como suspeitos. “Foi a mesma coisa na época do Orkut, sobre aquela história de poder mudar a cor de fundo. Tenho certeza que tem um troll por trás dessas coisas”, afirma.
O Facebook define como spam “o contato repetitivo com as pessoas oferecendo conteúdo ou solicitações indesejadas. Isso inclui o envio de mensagens em massa, publicações excessivas de links ou imagens nas linhas do tempo das pessoas e envio de solicitações de amizade a pessoas não conhecidas pessoalmente”. O envio de spam é uma violação dos padrões da comunidade do Facebook.
Segundo Assolini, essa ação de segurança visa barrar a ação de worms que poderiam enviar milhares de mensagens automaticamente para os contatos, em curto espaço de tempo, e para coibir a ação de spammers. Somente um ser humano pode reconhecer e digitar o CAPTCHA – mecanismos automatizados não podem fazê-lo facilmente.
Para o sumiço de posts, há mais de uma explicação. A mais óbvia é a de que o dono a apagou. A segunda possibilidade é que muitos usuários tenham denunciado o conteúdo e, como o sistema é automatizado, o Facebook o retira do ar e só depois analisa a situação. Os protestos envolvem muitas questões políticas e instigam a troca de denúncias em massa entre grupos contrários.
Assolini afirma que o sistema de retirada automática de posts suspeitos funciona bem contra malwares, mas acaba afetando conteúdo legítimo. “Com qual critério eles analisam, eu não sei dizer”, pondera. A terceira opção é que o conteúdo tenha código malicioso. A própria Kaspersky tem cooperação com o site e reporta warms. O bloqueio temporário e a lentidão nos acessos tem a ver com o volume compartilhado na rede, afinal todas as mobilizações estão sendo combinada via rede social.
PRISM
Em resposta oficial à polêmica internacional do escândalo do Prism, o diretor de Segurança do Facebook, Joe Sullivan, afirmou que proteger a privacidade dos usuários é prioridade para a empresa. “Nós não disponibilizamos a qualquer organização governamental o acesso direto aos servidores do Facebook. Quando são solicitados dados ou informações sobre indivíduos específicos, examinamos cuidadosamente qualquer pedido e fornecemos informações apenas na medida exigida pela lei.” O posicionamento oficial foi confirmado por Mark Zuckerberg em seu perfil no site (https://on.fb.me/11KD84E).