Jornal Estado de Minas

Game Favela Wars tem carregamento mais rápido e maior leveza

Favela wars, que traz Rio como palco de guerra entre traficantes e policiais, adota Complexo do Alemão como novo cenário

Júlia Boynard

  - Foto: Nano Studio/Divulgação

Uma favela em guerra. De um lado, traficantes fortemente armados. Do outro, policiais com muita disposição e variados recursos para combater o crime organizado. E você tem uma opção: se juntar a um dos lados e participar desta aventura emocionante em Favela wars, jogo on-line para PC, que tem produção totalmente brasileira. O jogo de estratégia foi criado pelo estúdio Nano Games e tem como referência filmes como Cidade de Deus e Tropa de elite, além do jogo americano de videogame GTA. Gratuito, o jogo que coloca o gamer no papel de um policial ou traficante em plena guerra pelo controle de algumas das mais famosas favelas cariocas recebeu, além da nova fase, agora no Complexo do Alemão, várias outras melhorias. O carregamento mais rápido está entre outras novidades.

Criado pelo carioca Dan Eisenberg, o jogo mistura a "realidade" do Rio de Janeiro em 2041, quando a guerra pelo tráfico toma conta de ruas e comunidades. Lançado em abril, tendo como cenário as favelas cariocas Santa Marta, Rocinha e Cidade de Deus, a plataforma ganhou expansão para o recém-pacificado Complexo do Alemão.

Segundo o produtor da Nano Studio, o jogo está bem mais leve e tem loadings até quatro vezes mais rápidos. Outros pontos de destaque são melhoras na iluminação, física e um sistema de classificação de jogadores que identifica pessoas que abandonam partidas quando vão perder – os chamados "amarelões".

- Foto: O COMEÇO

A ideia do jogo surgiu em 2011, quando Eisenberg ficou próximo a um tiroteio entre policiais e bandidos na Linha Vermelha, na capital fluminense. "Quando eu estava dentro do meu carro, vendo aquilo tudo, pensei: é um jogo pronto." Após um período em fase beta, Favela wars foi lançado em 15 de abril deste ano, contando com tanta demanda que os servidores do jogo não aguentaram inicialmente. Apenas três meses depois o título já alcançou mais de 100 mil jogadores. "Com essa realidade tão brasileira, o Favela wars foi muito bem-aceito", disse o idealizador do título.

Usando um sistema de batalhas por turnos, semelhante ao de jogos de RPG, ele combina movimentos calculados e combates entre mocinhos e bandidos. Eles podem carregar armas, algum pacote de munição e até acessórios como soco-inglês, coquetéis Molotov e injeções de veneno. Mais armas e itens podem ser comprados na loja, mas alguns deles – como fuzis – só podem ser usados por personagens de níveis mais altos. O Favela wars é um jogo de estratégia, então calcule os movimentos do rival, ponha seus soldados em posição (aproveitando a geografia imprevisível da favela) e ataque. Acostumar-se com o tempo dos turnos e calcular os movimentos pode demorar, mas, depois de pegar o jeito, o jogo se torna simples e muito divertido.

Para a fase final do jogo, esperada para até o final do ano, Dan Eisenberg promete mais novidades. "O próximo cenário a ser lançado será a Favela do Borel, depois expandiremos para o asfalto, usando a Lapa e bairros da Zona Sul como palco das guerras", ressalta. Em breve o game ganhará sua primeira personagem feminina. Ela circulará pelas ruas e vielas ao lado de um dono de boteco. "Falta muita coisa ainda, vamos instalar uma enfermaria e multiplicar o jogo para outras plataformas", finaliza Dan.