O Departamento de Segurança Nacional (DHS) dos Estados Unidos conseguiu nesta quinta-feira o apoio dos usuários de smartphones na luta contra a pornografia infantil e desenvolveu um novo aplicativo para denunciar pessoas suspeitas de abusar de crianças.
Embora seja possível baixá-lo gratuitamente pelo serviço iTunes, o aplicativo não é apto para menores de 17 anos, por ser este o grupo mais vulnerável a crimes sexuais contra crianças e adolescentes.
"Quando as crianças sofrem abuso e exploração sexual começa uma corrida contra o relógio para conseguir resgatá-las e levar o pedófilo à justiça", disse o diretor do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês), John Sandweg, da unidade do Departamento de Segurança Nacional, responsável pelo aplicativo.
"Estas investigações são umas de nossas maiores prioridades e, no mundo de hoje, precisamos estar seguros tecnologicamente e inovar na nossa proposta", afirmou Sandweg.
O aplicativo tem uma lista com os nove suspeitos foragidos mais procurados. Quem a lidera é "John Doe" (João Ninguém), um homem ainda não identificado de pele branca, entre os 45 e os 55 anos.
Junto com a descrição, podia-se ler: "Procurado pela produção de pornografia infantil", com a informação de que poderia estar vivendo em "qualquer parte do mundo".
O serviço ICE informou que o homem não identificado aparece em arquivos de vídeo com óculos e barba abusando sexualmente de uma menina de 10 a 12 anos em um quarto com painéis de madeira. Essa informação foi vista por agentes do ICE em Los Angeles, Estados Unidos, nos primeiros meses do ano.
Outro suspeito, também procurado por produzir, distribuir e possuir pornografia infantil, é um morador da Índia de 35 anos, que supostamente ajudou a distribuir na internet um boletim de conteúdo pornográfico para pedófilos.
No passado, o FBI (polícia federal americana) disponibilizou um aplicativo similar que além de incluir uma lista com os criminosos e terroristas mais procurados compreendia uma lista com os nomes das crianças desaparecidas.
O ICE informou que seu aplicativo para smartphones estará disponível também para outros aparelhos que não os da Apple em um "futuro próximo".