SYDNEY - O coala, marsupial que é um dos símbolos da Austrália, pode desaparecer, vítima do aumento das temperaturas, a menos que ações "urgentes" sejam tomadas para plantar árvores que lhe sirvam de abrigo, bem como eucaliptos, dos quais os animais se alimentam, advertiu um estudo publicado nesta quinta-feira.
O cientista que conduziu o estudo, Mathew Crowther, da Universidade de Sydney, disse que a pesquisa de três anos rastreou 40 coalas por satélite em Nova Gales do Sul (noroeste do país) para examinar seus hábitos.
Este foi o primeiro estudo a comparar onde os marsupiais escaladores de árvores passam seus dias e noites. A pesquisa descobriu que árvores grandes e maduras com folhagens densas são fundamentais para sua sobrevivência, particularmente durante eventos de clima extremo como incêndios florestais e ondas de calor.
"Nossa pesquisa confirmou que os coalas se abrigam durante o dia em diferentes tipos de árvores aos eucaliptos, dos quais se alimentam durante a noite", afirmou Crowther.
"Nós descobrimos que quanto mais quente é durante o dia, mais coalas tendem a procurar árvores maiores com folhagens mais densas para tentar escapar daquelas temperaturas", continuou.
Apesar de serem muito seletivos com seus locais de alimentação - os coalas comem as folhas de uma variedade pequena de espécies de eucalipto -, Crowther disse que o estudo descobriu que os animais encontrariam abrigo em uma variedade relativamente ampla de árvores, enfatizando o impacto do desmatamento sobre sua vulnerabilidade à medida que as temperaturas da Austrália alcançam novos recordes.
Crowther afirmou que um quarto do grupo estudado foi dizimado pela onda de calor de 2009 que precedeu os incêndios florestais do Sábado Negro na Austrália, uma estatística alarmante "em vista da frequência crescente de eventos climáticos extremos".
"Assegurar que um habitat tenha uma boa provisão de árvores alimentícias e proteger os coalas de predadores não é suficiente para assegurar sua sobrevivência", afirmou.
"É preciso dar ênfase urgente à preservação das árvores mais altas e seguras (...) e ao plantio, tanto de árvores que servem de alimento, quanto de abrigo, especialmente em áreas mais protegidas para tentar mitigar o impacto das altas temperaturas", acrescentou.
Segundo o 'think tank' sem fins lucrativos Climate Council, o mês de setembro passado foi o mais quente já registrado na Austrália, com temperaturas médias nacionais 2,75 graus mais altos do que a média de longo prazo.
Em um relatório publicado nesta quinta-feira sobre dados do Bureau of Meteorology, o conselho reportou que 2013 está no caminho de se tornar o ano mais quente já registrado no país, superando a marca anterior, de 2005.
Uma investigação do governo sobre o destino dos coalas, que apresentou seus resultados em 2011, alertou que as criaturas sonolentas e peludas estavam sob crescente ameaça e deveriam ser consideradas uma espécie ameaçada, com a queda vertiginosa de seu hábitat.
Embora fosse abundante antes da chegada dos colonos britânicos, em 1788, agora acredita-se que existam 43 mil coalas na natureza, embora o fato de viverem no topo das árvores faz deles uma espécie difícil de registrar.
O cientista que conduziu o estudo, Mathew Crowther, da Universidade de Sydney, disse que a pesquisa de três anos rastreou 40 coalas por satélite em Nova Gales do Sul (noroeste do país) para examinar seus hábitos.
Este foi o primeiro estudo a comparar onde os marsupiais escaladores de árvores passam seus dias e noites. A pesquisa descobriu que árvores grandes e maduras com folhagens densas são fundamentais para sua sobrevivência, particularmente durante eventos de clima extremo como incêndios florestais e ondas de calor.
"Nossa pesquisa confirmou que os coalas se abrigam durante o dia em diferentes tipos de árvores aos eucaliptos, dos quais se alimentam durante a noite", afirmou Crowther.
"Nós descobrimos que quanto mais quente é durante o dia, mais coalas tendem a procurar árvores maiores com folhagens mais densas para tentar escapar daquelas temperaturas", continuou.
Apesar de serem muito seletivos com seus locais de alimentação - os coalas comem as folhas de uma variedade pequena de espécies de eucalipto -, Crowther disse que o estudo descobriu que os animais encontrariam abrigo em uma variedade relativamente ampla de árvores, enfatizando o impacto do desmatamento sobre sua vulnerabilidade à medida que as temperaturas da Austrália alcançam novos recordes.
Crowther afirmou que um quarto do grupo estudado foi dizimado pela onda de calor de 2009 que precedeu os incêndios florestais do Sábado Negro na Austrália, uma estatística alarmante "em vista da frequência crescente de eventos climáticos extremos".
"Assegurar que um habitat tenha uma boa provisão de árvores alimentícias e proteger os coalas de predadores não é suficiente para assegurar sua sobrevivência", afirmou.
"É preciso dar ênfase urgente à preservação das árvores mais altas e seguras (...) e ao plantio, tanto de árvores que servem de alimento, quanto de abrigo, especialmente em áreas mais protegidas para tentar mitigar o impacto das altas temperaturas", acrescentou.
Segundo o 'think tank' sem fins lucrativos Climate Council, o mês de setembro passado foi o mais quente já registrado na Austrália, com temperaturas médias nacionais 2,75 graus mais altos do que a média de longo prazo.
Em um relatório publicado nesta quinta-feira sobre dados do Bureau of Meteorology, o conselho reportou que 2013 está no caminho de se tornar o ano mais quente já registrado no país, superando a marca anterior, de 2005.
Uma investigação do governo sobre o destino dos coalas, que apresentou seus resultados em 2011, alertou que as criaturas sonolentas e peludas estavam sob crescente ameaça e deveriam ser consideradas uma espécie ameaçada, com a queda vertiginosa de seu hábitat.
Embora fosse abundante antes da chegada dos colonos britânicos, em 1788, agora acredita-se que existam 43 mil coalas na natureza, embora o fato de viverem no topo das árvores faz deles uma espécie difícil de registrar.