Jornal Estado de Minas

Polêmico aplicativo Lulu é lançado oficialmente nesta quarta

Foi lançado oficialmente nesta quarta-feira o badalado aplicativo Lulu, disponível no Brasil desde o dia 20 de novembro para usuários de IOS e Android e que já tem um milhão de usuários consolidados nos Estados Unidos depois de dez meses de lançamento. O aplicativo é feito para que as mulheres avaliem os homens e criem um ranking de melhores e piores entre sua rede de amigos no Facebook. A avaliação, que fica visível para as outras mulheres do app, considera qualidades e defeitos, incluindo questões físicas e características pessoais que são definidas a partir de um questionário.



O aplicativo é anunciado como uma rede para mulheres aberta e honesta, uma ferramenta para que as garotas tomem as melhores decisões sobre seus relacionamentos e até uma forma de encontrar um namorado com inteligência. Entretanto, desde que ficou disponível para download, o app levanta polêmica ao permitir que perfis do Facebook sejam avaliados de forma anônima, muitas vezes com características negativas que podem não agradar a pessoa avaliada. Sem contar que muitas usuárias usam o aplicativo como uma forma de detonar perfis de homens que não gostam. A Luluvise, empresa criadora do aplicativo, rebate dizendo que o Lulu não é só sobre questões sexuais, que nada é publicado no Facebook e que a mulher não pode escrever o que quer e só escolhe repostas pré-definidas. Além disso, os homens podem pedir para sair.

Mesmo com a polêmica, o Clube da Luluzinha virtual faz sucesso. Embora a empresa ainda não tenha números consolidados sobre o mercado brasileiro e nem informações sobre o modelo que será usado para sustentar o negócio, o Lulu já está entre os principais aplicativos gratuitos na área social no Google Play com um número de downloads entre 100 e 500 mil e fica em 65º lugar no ranking geral de milhares de aplicativos do iTunes.

Antes do lançamento principal, o aplicativo passou por um teste beta nas universidades de Campinas. Em apenas 3 meses, as meninas da cidade criaram mais de 50 mil avaliações de garotos. Segundo a empresa, esse ritmo ultrapassou até as universidades dos EUA, onde Lulu tem sido muito popular. Alexandra Chong, fundadora e CEO de Lulu, diz: “Nós pegamos nosso sucesso em Campinas como um indicativo de que nós estamos no caminho certo no Brasil”.



Ainda segundo a empresa, mais de 500 mil homens nos Estados Unidos pediram para entrar no Lulu e serem avaliados. Alguns perfis chegaram a ser visitados mais de 200 milhões de vezes e muitas usuárias fazem contato através do Facebook com os perfis mais interessantes apontados pelo ranking do Lulu.

A Luluvise explica que os homens também podem entrar na rede e adicionar fotos e hashtags descrevendo a si mesmos. Entretanto a empresa ainda não tem um balanço de quantos pediram para sair da rede e não reportou problemas com reclamações de usuários.


Veja o vídeo de divulgação do app


Para usar
Para usar o aplicativo, toda mulher precisa ter uma conta no Facebook. Perfis falsos correm o risco de serem bloqueados pelo sistema, que identifica incoerências assim que a pessoa tenta se conectar. Quando a garota entra no Lulu todo perfil masculino na sua rede de contatos do Facebook pode ser avaliado no aplicativo, a não ser que peça para sair. A única forma de um homem saber como está sendo avaliado é se alguma mulher contar ou se ele conseguir burlar o sistema com um perfil falso.

Para saber mais ou participar, ou pedir para sair, acesse https://company.onlulu.com/br/how_lulu_works (página em inglês e português). Se decidir instalar o aplicativo, não deixe de ler a Política de Privacidade da empresa para entender o serviço.





audima