As medidas podem ser destinadas a reduzir as fontes de gases estufa (eficiência energética, taxação do carbono ou apoio às energias não fósseis, entre outros), ou a capturá-las (reflorestamento, captação de carbono das fábricas, etc.).
Os cientistas consideram que só os cenários que preveem uma concentração média de gases de efeito estufa entre 430 e 480 ppm (partes por milhão) em 2100 podem realmente limitar o aumento da temperatura média do planeta a 2ºC. Acima de 530 ppm, é improvável que se consiga.
Mas as emissões de gases de efeito estufa para a atmosfera não param de aumentar (2,2% ao ano entre 2000 e 2010) e, se a tendência se mantiver, a concentração poderá alcançar as 450 ppm em 2030 e aumentar entre 750 e 1.300 ppm em 2100, segundo o IPCC.
"Limitar os níveis de concentração na atmosfera (dos gases de efeito estufa) a 530 ppm ou menos será um desafio mais difícil de alcançar e as opções de alcançá-lo serão mais reduzidas, se as medidas de redução de emissões forem adiadas para além de 2030", diz o texto.
Para permanecer no limite de 430-530 ppm, "a maioria dos cenários incluem que se tripliquem ou quadrupliquem as fontes de energia com pouco carbono, como as energias renováveis, a energia nuclear e a energia fóssil, junto com sistemas de captura de carbono", explicam.
Os estudos realizados demonstram que para limitar a concentração de 450 a 550 ppm ao custo mais baixo, a maioria dos investimentos deve ser feita nos países não pertencentes à Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE).