Jornal Estado de Minas

Hotspot da rodoviária de BH tem o melhor resultado em teste

Jorge Macedo - especial para o EM Shirley Pacelli

 

No BH Resolve também está disponível um hotspot, mas são poucas as pessoas que têm ciência disso. Bem perto dali, no Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro, apesar da falta de placas informativas, no boca a boca com os coleguinhas de banco, os passageiros acabam descobrindo o wi-fi gratuito da prefeitura. E é um dos mais elogiados. O estudante de engenharia mecatrônica Marcelo Silva Batista, de 20, estava de partida para Ouro Branco. Enquanto esperava, gastava o tempo no notebook. Ele conta que sempre acessa a rede aberta da PBH e a velocidade de conexão depende do movimento da rodoviária. “Hoje o sinal está lento, mas geralmente os sites carregam sem problema. O cadastro foi tranquilo”, conta.

Também de partida para Ouro Branco, o universitário Gabriel Tavares Garbini, de 19, do curso de engenharia química, topou fazer um teste de velocidade da conexão para a reportagem. Ele já havia usado a rede aberta e esqueceu o login e senha para utilizá-la. Essa situação não foi impedimento para o acesso. Fornecendo o CPF e a data de aniversário, o site informou o login e senha do cadastro – o que não deixa de ser uma falha de segurança. Qualquer pessoa com acesso a esses dados, que são fáceis de obter, pode navegar em seu nome e cometer atos maliciosos. Enfim, com o browser Chrome o serviço informará que o “Certificado de segurança do site não é confiável”. Basta clicar em continuar.

No teste, o acesso ao Facebook e ao e-mail foi ok. O portal da prefeitura carrega independente do login. Já um vídeo em HD de 5 minutos no YouTube não rodou. Mas com resolução de 140p, a pior disponível, foi possível visualizar o conteúdo. O recurso de autocompletar as pesquisas no Google também funcionou corretamente.

“Acho estranho precisar de cadastro no hotspot da prefeitura. Em praças de alimentação de shoppings não é necessário. Aqui é mais burocrático”, reclamou Garbini, que não quis testar a conexão no smartphone por ser “mais chato” para fazer o login. A dura tarefa de avaliar o acesso da rede da prefeitura pelo celular coube à professora Beatriz Lázia da Silva, de 24 anos. Ela voltava para Visconde do Rio Branco depois de visitar o namorado.

Com seu Motorola Rarz D3 ela não teve dificuldades para encontrar a rede correta na lista de Wi-Fi. No navegador Chrome o mesmo aviso de certificado de segurança inválido foi emitido. Desconsiderando a notificação, foi possível acessar a tela de cadastro, que demorou 10 minutos para ser preenchida. A página do cadastro não tem design responsivo (que se adapta à tela do aparelho), dando trabalho para completar cada caixa. Ao conseguir o acesso, o YouTube abriu rapidinho e mensagens do Facebook e Whatsapp chegaram sem problemas. Do smartphone a velocidade de upload foi de 0.12Mps e a de download foi de 0.38Mps – bem discrepante do resultado obtido pelo Informátic@. O que mostra a instabilidade da velocidade da rede.