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Estado de Minas

Brasileiro descarta sete quilos de lixo eletrônico por ano; Brasil discute legislação


postado em 28/01/2014 09:01 / atualizado em 28/01/2014 09:08

Segundo dados de 2013 do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o (UNEP), o Brasil é o pais emergente que mais gera lixo eletrônico per capita (foto: REUTERS/Nacho Doce )
Segundo dados de 2013 do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o (UNEP), o Brasil é o pais emergente que mais gera lixo eletrônico per capita (foto: REUTERS/Nacho Doce )

O brasileiro está pouco acima da média mundial, descartando sete quilos de lixo eletrônico anualmente. Mas o 1,3 milhão de toneladas anuais gerados no país já são o suficiente para colocá-lo na sétima posição entre as nações que mais contribuem para a descontrolada pilha de eletrônicos jogados fora.

O lixo eletrônico está entre as cinco prioridades da Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010. De acordo com o texto, o consumidor teria a opção de recorrer à logística reversa e retornar os objetos usados para a loja onde os comprou ou para os fabricantes. A lei, no entanto, depende de regulamentação e é tema de debate entre governo, varejistas e empresas.

“Estamos construindo esse acordo, decidindo como será o mecanismo, quais serão as responsabilidades, as metas e os pontos de coleta”, diz Sabrina Andrade, diretora substituta de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA). A iniciativa, ressalta, é pioneira e traz desafios para ser levada à prática. “Não queremos chegar a uma coisa impositiva e que seja inexequível”, explica Sabrina. Não há prazo para a conclusão do termo.

Reciclagem

Atualmente, o brasileiro tem a opção de procurar cooperativas e ONGs especializadas na reciclagem desse tipo de material em sua cidade ou simplesmente descartá-lo no lixo comum. De acordo com estimativa feita pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a coleta e o pré-processamento de resíduos eletrônicos representam em torno de 15% do faturamento das cooperativas de catadores. Mas a falta de formação para lidar com esse tipo de material e o lucro fácil com outros materiais como plástico ou papel costumam afastar os profissionais da atividade.

“É irrisório o tanto que se recicla em comparação com o tanto que se comercializa”, critica Alex Gonçalves, diretor da ONG de reciclagem e-Lixo, de Londrina (PR). No ano em que começou a atuar, a associação paranaense recebeu oito toneladas de resíduos. Quase seis anos depois, o grupo chega a lidar com 60 toneladas. Para Gonçalves, o brasileiro tem a iniciativa de dar um destino apropriado ao seu lixo quando tem a opção de fazê-lo. “Há essa cultura de prolongar ao máximo a vida do eletrônico, de passar para quem use”, acredita o empresário. Na e-Lixo, os equipamentos que ainda podem ser usados são doados para instituições de caridade, e somente o que não tem salvação vai para a reciclagem.

Esse tipo de organização recolhe, desmonta e separa o material, vendendo as partes para empresas interessadas em plástico, ferro, cobre ou alumínio. Os rejeitos, como vidros quebrados, são encaminhados para grupos especializados. Os componentes de alto valor agregado, como placas com ouro e platina, acabam exportados para tratamento fora do país. Estima-se que o Brasil tenha vendido para o exterior 20 mil toneladas de resíduos eletrônicos em 2011. (RM)


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