O documento mostra que a agência podia acompanhar os viajantes por uma semana ou mais enquanto seus dispositivos sem fio os identificavam através do WiFi em outras cidades do Canadá, e inclusive nos aeroportos dos Estados Unidos.
Isto incluía as pessoas que iam a outros aeroportos, hotéis, cafés e restaurantes, bibliotecas, terminais de transporte terrestre e outros locais com acesso sem fio público à internet.
Segundo a lei canadense, a missão da agência de espionagem é recolher principalmente inteligência estrangeira mediante a interceptação de tráfego telefônico e de internet fora do país. A CSEC não tem poderes para investigar canadenses ou qualquer pessoa no Canadá sem uma ordem judicial.
Nos últimos meses, a agência foi acusada de agir dentro do Canadá.
A CSEC é acusada de ter colaborado com a NSA, fornecendo inteligência durante uma cúpula do G-20 em Toronto em 2010.
O relatório sobre a intervenção nos aeroportos contradiz as recentes declarações do chefe da CSEC, John Fortster, que disse: "Proteger a privacidade dos canadenses é nosso princípio mais importante".
O primeiro-ministro Stephen Harper nomeou um investigador independente para garantir que o serviço de inteligência cumpra com a lei.
A CBC disse que a agência de espionagem estava testando um novo e potente software que havia desenvolvido com a NSA. Segundo ela, a tecnologia foi adotada em 2012 e agora está em pleno funcionamento.