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Estado de Minas

Faxina em computadores adia descarte precoce de resíduos eletrônicos

Lixo eletrônico pode servir de matéria-prima para a arte e confecção de peças artesanais


postado em 20/02/2014 08:30 / atualizado em 20/02/2014 08:23

Shirley Pacelli

(foto: Gambiologia/divulgação)
(foto: Gambiologia/divulgação)

Um recente levantamento feito por uma iniciativa liderada pela Organização das Nações Unidas (ONU), revelou que cada pessoa descarta, em média, no mundo, sete quilos de lixo eletrônico anualmente. Só os brasileiros são responsáveis por 1,3 milhão de toneladas desses resíduos. Boa maneira de prolongar a vida útil dos computadores e dispositivos móveis é fazer uma faxina geral. Há softwares capazes de remover arquivos temporários inúteis, otimizando o desempenho da máquina e evitando o seu descarte precoce.

O designer Bruno Zanetti, de 31 anos, tem o saudável hábito de  organizar várias vezes por ano, fotos, músicas e documentos. Já o professor Virgílio Borges de Oliveira, de 36, recomenda o uso de serviços gratuitos de armazenamento na nuvem como boa solução para um backup automático e economia de espaço no  PC.

Em Belo Horizonte, há vários pontos de descarte de lixo eletrônico, que, além de receber o material, fazem o seu recondicionamento para novo uso. Neste cenário da reciclagem, entram também os projetos criativos que usam resíduos como matéria-prima. A tradição brasileira de adaptar, improvisar e encontrar soluções simples e imaginativas para pequenos problemas cotidianos é a essência do projeto Gambiologia (www.gambiologia.net), focado em arte eletrônica. Um trio de artistas de Belo Horizonte – Frederico Paulino, o Fred de 36 anos, Lucas Mafra, de 30, e Paulo Henrique Pessoa, de 58, conhecido como Ganso, criou artefatos multifuncionais que podem ser reconhecidos como eletrônicos, esculturas ou objetos decorativos.  

Fred conta que em 2008 tinha um estúdio de design e convidou os amigos para ajudarem em uma campanha publicitária para o Art.mov (Festival Internacional de Arte em Mídias Móveis), em que deveriam fazer peças a partir de recicláveis. Desde então, o trio tomou gosto pela ideia e não parou de produzir. Antiguidades, refugos, aparelhos recicláveis – com um pingo de tecnologia – viram novos produtos. Eles já fizeram instalações artísticas, luminárias, objetos sonoros, casemods, armaduras tecnológicas e até um triciclo multimídia, como se vê nesta página. O nome do projeto, segundo Fred, surgiu da ideia de misturar gambiarra com tecnologia, que também remete à ecologia. 


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