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Estado de Minas

Xbox One mostra que, assim como Titanfall, tem tudo para ser memorável

Variedade de jogos exclusivos chega ao ápice com o lançamento do aguardado Titanfall


postado em 13/03/2014 00:12 / atualizado em 14/03/2014 08:52

Titanfall, jogomais esperado para o console, satisfaz expectativas(foto: https://www.titanfall.com/Divulgação )
Titanfall, jogomais esperado para o console, satisfaz expectativas (foto: https://www.titanfall.com/Divulgação )

Quando lançado, em novembro de 2005, o Xbox 360 fez a terceira versão do PlayStation comer poeira e despontou como líder de vendas durante grande parte desses anos de competição com o console da companhia japonesa. Hoje, apesar da competição mais emparelhada entre Sony e Microsoft, a bola da vez está com o PlayStation 4, que já acumula mais de 6 milhões de unidades vendidas mundialmente, enquanto o Xbox One ainda soma cerca de 4 milhões. Porém, quem acompanha a indústria conhece o ditado: quantidade de vendas não significa qualidade; jogos exclusivos e desempenho interno, sim. E quem imaginaria que, no início desta geração, tudo fosse invertido, e os melhores jogos exclusivos surgissem de parcerias da Microsoft (diferentemente dos consoles predecessores)? Por isso e pela bela e elegante demonstração do que está por vir, o Xbox One mostra que, assim como um de seus principais exclusivos, tem tudo para ser um memorável titã.

Até isso ocorrer a estrada é longa. A primeira característica que se destaca na nova versão do aparelho é a interface. É clara a adaptação do desenho mosaico encontrado em todos os sistemas operacionais Windows, seja smartphone seja computador de mesa. Para o videogame, porém, essa migração não caiu muito bem – pelo menos para quem deseja navegar com o controle. Em poucas palavras, a interação com o joystick é lenta, assim como a digitação no teclado virtual do sistema, que não teve qualquer evolução comparado ao que já existia no 360. Fazer um login em um serviço pela internet parece tarefa tão morosa quanto esperar as infinitas instalações de jogos.

Agora, para executar um game, você terá de instalá-lo diretamente no disco rígido do sistema. O tempo que o Xbox One leva para executar essa tarefa é, segundo teste feito pelo Informátic@, 12 vezes maior do que a instalação no PlayStation 4. Porém, em ambos os sistemas você pode começar a jogar assim que certa percentagem do game já é instalada. O mesmo ocorre quando um download do game está sendo feito.

Outra mudança na nova geração é a capacidade de armazenamento na nuvem. Seu perfil agora pode ser logado automaticamente em qualquer Xone que tenha Kinect, pois todas as informações do usuário já estão on-line (incluindo quais aplicativos você marcou na sua tela inicial). O limite da lista de amigos também aumentou de 100 para 1 mil.  

POR DENTRO DO TITÃ

Confluência de mecanismos. Isso resume o ótimo resultado do empenho da equipe que elaborou o sistema do novo Xbox. A começar pelo Kinect 2.0, que foi aprimorado para uma câmera de resolução 1080p, ao lado de captura de voz e movimentos muito mais inteligente e sensível que a versão anterior. Todos os comandos de voz funcionam de forma magnífica com a resposta rápida da interface. Para mudar do seu jogo para o Netflix, por exemplo, é questão de segundos.

Mas para que fazer isso quando você pode simplesmente assistir àquele seriado ou ao filme ao mesmo tempo em que joga, usando a função fixar? É rápido, fácil, e basta falar “Xbox, fixar (nome do aplicativo ou jogo)” ao seu Xbox para sentir que o futuro já está na sua sala de estar.

Com o Kinect e a ajuda do Skype no sistema é possível receber chamadas do serviço a qualquer momento e atendê-las sem precisar apertar nem um botão sequer. A qualidade da câmera na transmissão surpreende. Com a última atualização de sistema, inclusive, implementações foram feitas para permitir transmissões ao vivo do aplicativo Twitch, que chegou no console da Microsoft, e junto à câmera do console tornará possível que seus amigos vejam a sua reação enquanto transmite um jogo, tornando a experiência de todos ainda mais real.

O console foi desenvolvido ao redor de uma palavra: multimídia. Além da diversidade de aplicativos como Hulu Plus, Netflix, You Tube, um anúncio foi recorrente nas conferências demonstrativas do console, e talvez você se lembre: tevê. O cerne da função multimídia dentro do seu console está na entrada HDMI e a entrada para o cabo de satélite que o Xbox One tem. Com isso, o console capta o sinal da televisão a cabo e faz com que a programação seja mais uma das várias funções para consumo de conteúdo no videogame, o que possibilita assistir ao programa favorito ao mesmo tempo em que você checa sua lista de amigos, por exemplo.

O que desaponta no novo aparelho da Microsoft é o design. Com dimensões grandes demais. Todavia, atenta aos problemas das versões antigas do Xbox 360, a MS se empenhou em fazer com que as saídas de ar fizessem parte de, exatamente, metade do design — eliminando, assim, qualquer chance de superaquecimento do sistema.

Em contraste ao desenho do aparelho em si, que se assemelha ao de um videocassete, o controle do Xbox One ganhou uma caracterização menos robusta e mais harmoniosa. Os botões select e start foram mudados para os botões de menu. Com o substituto do botão start é possível marcar os principais aplicativos e jogos no seu menu inicial para futuramente encontrá-los mais rápido. A principal mudança, porém, é nos gatilhos de trás, que agora têm vibração própria.

Em Forza motorsport 5, por exemplo, dependendo de sua aceleração e posição na pista os botões vibram acompanhando seu ritmo.

Essenciais

De longe, há cerca de seis meses, a ideia de que o Xone abrigaria boa variedade de títulos era inconcebível. Terça-feira foi lançado oficialmente o jogo mais esperado do console, Titanfall – para coroar o bom início do Xbox One, que já contava com muitos outros títulos para sustentá-lo. Em Dead rising 3, você toma o papel de um mecânico durante o apocalipse zumbi. O game surpreende pela quantidade de mortos-vivos que aparecem na tela – algo que nos videogames anteriores não era possível sem queda de qualidade da imagem.

Em Ryse: son of Rome, você é um general romano, e os incríveis gráficos, característica principal dos jogos da Crytek, encantam os olhos de quem tem os controles em mãos. Forza motorsport 5 é ótima experiência de corrida, e Zoo tycoon um bom e agradável simulador para o console – o qual pode prender o jogador durante muito tempo.

Do design potente à capacidade interna com pequenos aspectos que fazem a total diferença na hora da navegação no aparelho, o Xbox One tropeça apenas em uma interface que mais parece ter sido puxada do Windows 8 do que propriamente desenvolvida. Fora isso, todas as peças que o compõem são voltadas para o futuro. E é exatamente isso que o jogador espera.

 


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