Máquinas do tempo, robôs espalhados pela rua e viagens intergaláticas são elementos que constantemente fazem parte do enredo dos filmes de ficção científica desde 1902, com o lançamento de Viagem à Lua, do francês Georges Méliès – considerado o primeiro do gênero. Depois dele, muitos clássicos passaram pelas telonas: Metrópolis (1927), de Fritz Lang, 2001 - Uma odisseia no espaço (1968), de Stanley Kubrick, Star wars (1977-2005), de George Lucas, Blade runner - o caçador de andróides (1982), de Ridley Scott, entre tantos outros.
A inteligência artificial é também o mote das novas produções de ficção científica de 2013 e 2014. Em 18 de abril será lançado Transcendense, dirigido por Wally Pfister e estrelado pelo ator Johnny Depp, que faz o papel de um cientista que lidera uma equipe que trabalha na criação do primeiro computador dotado de consciência. Diante da ameaça de grupos antitecnologia, é feito o upload do cérebro do cientista, responsável pelo projeto, para um protótipo do PC. A experiência se revelará perigosa.
A relação do homem-máquina, em meio à ética e questionamentos sobre a realidade, é a discussão sobre o futuro trazida por essas novas obras. Os novos filmes estão prevendo as tecnologias nos próximos anos, não dá para prever quando (daqui a cinco ou 100 anos). Na verdade, os filmes já incorporam vários recursos hoje em uso. Exemplos? Mesas touchscreen, realidade aumentada, transferência de arquivos só por proximidade (como no bluetooth), interação à distância, geolocalização.
Mudança de hábitos
Quando se olham fotos e vídeos de décadas atrás, nota-se o quanto a tecnologia já mudou de lá para cá. Máquinas de escrever, fax, televisões de tubo… Tudo isso parece muito distante e até engraçado. O que não percebemos é que as mudanças no mundo tecnológico estão cada vez mais rápidas e próximas.
A melhor forma de notar essas transformações é verificar hábitos rotineiros. Ler, por exemplo, é uma atividade milenar. Mas invenções relativamente recentes, como e-readers e tablets, têm conquistado até mesmo os leitores apegados ao bom e velho livro de papel. Prova disso está no crescimento do mercado de e-books. No ano passado, foram comercializadas no Brasil cerca de 3 milhões de obras nesse formato, o que representa aproximadamente 3% do faturamento total de títulos no país, segundo dados das principais lojas do setor. O número ainda é pequeno, mas se levado em consideração que até 2012 não chegava a 1%, o avanço é evidente.
Aplicativos, pulseiras inteligentes e até mesmo jogos de videogame auxiliam os praticantes de atividades físicas contemporâneos. Realidade que os atletas de uma década atrás não vivenciaram. Outro exemplo? Olhar mapas ou pedir informações a alguém para chegar a algum lugar é coisa rara atualmente. Isso graças a aparelhos como GPS e smartphones, que tornaram basicamente impossível errar o caminho. Tanto que diversos fabricantes automotivos têm incorporado, já na fábrica, o dispositivo aos painéis dos veículos. Os exemplos não param por aí. O Informática traz alguns deles para mostrar que, como nos filmes, o dia a dia está cercado da ajuda tecnológica e mostra que muito do "futuro" mostrado nos filmes já faz parte do presente.