A cientista japonesa Haruko Obokata, de 30 anos, chorou ontem ao defender a existência das células STAP, em sua primeira aparição ante as câmeras desde que foi acusada de irregularidades em sua pesquisa sobre esta descoberta potencialmente revolucionária. “Talvez tenha ultrapassado minha competência ao assinar um artigo na revista Nature”, disse ela, que dirige uma unidade de pesquisas no instituto japonês Riken. Apesar de reconhecer os erros na forma em que seus trabalhos foram apresentados, Haruko rejeitou as acusações de falsificação. “O fenômeno das células STAP é uma realidade que eu verifiquei em mais de 200 oportunidades.” Em janeiro ela publicou na revista científica britânica Nature uma tese que apresenta um método de criação de células pluripotentes a partir de células maduras. No entanto, um comitê questionou o fato de ela ter misturado imagens de experiências diferentes e usado dados anteriores. O caso ainda está sendo investigado no Japão.